História, legado e atualidade da Ordem Soberana Militar e Hospitalária de S. João de Jerusalém, de Rodes e de Malta, em Portugal
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Visita a antigas comendas no distrito de Viseu
Passado o flagelo dos fogos que grassou recentemente no distrito de Viseu,
no passado fim-de-semana estivemos aí de visita a algumas antigas comendas da
Ordem de Malta, nomeadamente, Vila Cova à Coelheira, Sernancelhe e Alcafache.
Do nosso roteiro fez ainda parte uma visita à Ermida do Paiva, uma das mais
belas, ricas e curiosas igrejas por nós alguma vez visitadas. Embora a
historiografia não nos dê certezas sobre a presença da Ordem do Hospital em
Ermida do Paiva, que dista apenas 6 Km do centro de Castro Daire, onde a Ordem
teve bens e direitos, o certo é que não podemos ignorar as cruzes - ditas de
Malta - pintadas no interior daquela igreja, bem como as relações desta com a
Ermida de Rodes, sita na freguesia de Reriz deste mesmo concelho de Castro
Daire, esta sim com ligações mais estreitas à Ordem dos Cavaleiros do Hospital
de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta. Recorde-se ainda que até há bem
pouco tempo se mantinha a tradição do pároco de Ermida, ou qualquer presbítero
de sua escolha, ir em “procissão a modo
de rogação à Capella de N. Senhora de Rodes da freguesia de Reriz, bispado de
Viseu”[1].
Alguns estudiosos, no entanto, referem que a influência da Ordem dos
Hospitalários no Mosteiro da Ermida parece ser evidente.[2]
Ermida do Paiva e Ermida de Rodes, ambas sitas em encostas do rio Paiva, são de
fundação relativamente contemporânea. A primeira a rondar o ano de 1145 e
atribuída ao ermitão D. Roberto; a segunda a rondar o ano de 1141 e atribuída ao
ermitão Leovigildo Peres.
«Casais, foros em dinheiro e
géneros, “muitas herdades e vinhas” possuíam os freires do Hospital nas terras
castrenses. A mais nenhuma outra instituição, a não ser à igreja de Castro
Daire e ao Ermitério de D. Roberto, foi aplicada tal expressão. A seguir à
Ermida, os Hospitalários eram, sem dúvida, a Ordem que mais implantação tinha
por estas bandas.»[3] Das Ordem Militares impunha-se, na diocese de Lamego a de Malta, com as
importantes Câmaras magistrais de Sernancelhe e Vila Cova à Coelheira,
divididas em diversos ramos como os de Fontelo e de Alvelos, pertencentes à
última.[4]
De Ermida do Paiva, onde nos detivemos mais demoradamente, seguimos para a
antiga comenda magistral de Vila Cova à Coelheira, onde visitamos a pequena
povoação e também a povoação de Touro, outrora anexa a Vila Nova à Coelheira,
com a qual formou concelho autónomo.
Entrámos na igreja matriz e observámos a antiga Casa da Comenda, que se
encontra vazia de pessoas e bens, e o pelourinho e casa brasonada no coração do
centro histórico, também parcialmente devoluta. Oxalá que as obras de
recuperação que decorrem lá no alto, na capelinha dedicada a Nossa Senhora, e
que aí no respectivo adro inscreveram traços da cruz oitavada de malta, cheguem
rapidamente àqueles dois edifícios, cuja história se conta a partir da janela
manuelina, no primeiro, e a partir do belo brasão colocado na fachada do
segundo.
De Vila Cova à Coelheira rumamos a Sernancelhe, outrora importantíssima
comenda da Ordem de Malta no distrito de Viseu, onde se destaca em pleno
coração da vila a antiga Casa da Comenda, hoje convertida em solar de turismo
de habitação. A Matriz, no entanto, é o mais significativo edifício da vila.
Não podemos deixar de notar as semelhanças dos modilhões desta igreja com os da
Ermida do Paiva. Há mesmo modilhões com traço comum, como que se fossem
executados pelos mesmos canteiros. A historiografia é consensual em fazer
remontar a fundação desta igreja de traço românico ao século XII, mais
precisamente ao ano de 1172, data inscrita num silhar da cabeceira. 1124 é, no
entanto, a data em que os mais remotos donatários terão atribuído foral à vila e reconstruído a igreja.
Como que a descrever traços da Ermida do Paiva, assim se descreve a matriz
de Sernancelhe: traçado românico,
genuíno e purificado, presente na singular cachorrada que envolve a capela-mor
com uma iconografia obediente aos esquemas do tempo, na cercadura de esferas
que percorre as empenas da ábside, nas multiplicadas siglas e na originalidade
do pórtico, constituído por três arquivoltas. Singulares são os dois nichos que
se abrem de um e outro lado do portal cada um ocupado por três figuras, sob um
dossel, tão fortemente impressivas que nos esquecemos a olhar, a
adivinhar o seu mistério, a celebrar a sua missão de apóstolos. No interior
destacam-se duas tábuas pintadas pelos meados do século XVI (degolação de S. João
Baptista e Anunciação), telas setecentistas, um provável capitel visigótico
utilizado como pia de água benta, a presença de pintura a fresco nas faces do
arco cruzeiro onde se apresenta Nossa Senhora do Rosário (à direita) e Santa
Margarida (à esquerda) datando certamente ainda dos fins dos séculos XIV, quiçá
encomenda do abade Gaspar de Soveral que se fez sepultar no túmulo
quatrocentista, com belíssima inscrição gótica, em destaque na capela
lateral dedicada a Nossa Senhora do Pranto, instituída em 1565.
Gaspar de Soveral, foi 6.º Morgado de
S. Teotónio de Sernancelhe e, depois que enviuvou de Dona Violante de Carvalho,
foi cavaleiro professo da Ordem de Malta, comendador de Sernancelhe e abade da
respetiva paróquia. Antes da reforma encetada já na segunda metade do século XX,
que substituiu nomeadamente o tecto da capela-mor, aí se podia observar um
escudo oval com as Armas dos Soveral sobre a cruz oitavada de Malta, que o
próprio Gaspar de Soveral terá mandado pintar. Da mesma época (finais do século
XVI) é a pedra de armas (aqui sem a cruz oitavada e com Soveral em pleno,
encimado por um coronel de nobreza) que o mesmo também terá mandado colocar na
fachada do seu solar de Sernancelhe, que aí ainda hoje existe e tivemos
oportunidade de fotografar, ainda que à distância a que obrigam os muros do
solar que hoje se encontra devoluto e em acentuado estado de degradação.
De Sernancelhe deslocamo-nos à cidade de Viseu e desta à antiga comenda e estância
termal de Alcafache, nas margens do rio Dão. Foi concelho medieval com vida administrativa
autónoma, sendo, no entanto, tributário do concelho de Azurara, do qual esteve
sempre dependente. D. Manuel I outorgou-lhe carta de foral em 6 de Maio de 1514,
com referências expressas à condição de terra foreira à Ordem de Malta.
De zona termal para zona termal, atravessamos a
cidade de Viseu rumo a São Pedro do Sul, onde estanciamos na Quinta da Comenda,
que integra uma casa do século XII que terá pertencido à rainha Dona Teresa,
cuja propriedade esteve depois ligada à Ordem do Hospital e à importante comenda de
Ansemil até 1834. No jardim, o traçado de buxo recorta uma cruz da Ordem de
Malta, replicada das existentes no próprio solar e em numerosos elementos da
quinta. Aqui demos por findo este nosso périplo por algumas das
mais importantes comendas da Ordem no distrito de Viseu.
[1] CARVALHO, Abílio Pereira de, A Ermida do Paiva, pág.16.
[1] CARVALHO, Abílio Pereira de, A Ermida do Paiva, pág.16.
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Exposição "Ordem de Malta e a Marinha: 900 anos ao serviço de uma convicção humanista"
A Marinha Portuguesa associa-se às Comemorações dos 900 Anos da Ordem Soberana Militar de Malta, acolhendo a exposição denominada "Ordem de Malta e a Marinha: 900 anos ao serviço de uma convicção humanista", que estará patente, a partir do próximo dia 5 de Setembro, no pavilhão das Galeotas do Museu da Marinha, em Belém, Lisboa.
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Concerto Coral na Igreja de Cedofeita, Porto
Também no âmbito das Comemorações dos 900 Anos da Ordem Soberana Militar de Malta, terá lugar no próximo dia 12 de Setembro, na Igreja Paroquial de Cedofeita, na cidade do Porto, um Concerto Coral pelo Choire of the Queen´s College.
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Colóquio "900 anos ao serviço de uma convicção humanista; História, Cultural e Solidariedade"
O Colóquio "900 anos ao serviço de uma convicção humanista; História, Cultura e Solidariedade", terá lugar no dia 27 de Setembro de 2013, das 9h30 às 18h00, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
Informações:
+351218881303 | +351218881302 | +351932287216
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
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Armas de Frei D. Manuel Pinto da Fonseca 68.º Grão-Mestre da Ordem de Malta |
Foi com o último Grão-Mestre português da Ordem de Malta que se consolidou o especial tratamento de que
beneficia o Grão-Mestre da Ordem de Malta: Sua Alteza Eminentíssima e Príncipe.
Em 1607, o Grão-Mestre da Ordem foi elevado a Príncipe pelo Sacro Império
Germânico, o que lhe dava o direito ao uso do título de Alteza Sereníssima,
prerrogativa que foi reforçada em 1620. Por decreto do Papa Urbano VIII, em
1630, a dignidade do Grão-Mestre foi equiparada a Cardeal, passando a usufruir
do tratamento de Eminentíssimo, o que aconteceu com Frei D. Antoine de Paule
(56.º), situação que se manteve até ao Grão-Mestre Frei D. Manuel Pinto da
Fonseca (68.º) que, em 1741, combinou os dois tratamentos, passando a Sua
Alteza Eminentíssima e Príncipe. Em sequência, Pinto da Fonseca foi o primeiro Grão-Mestre a usar coroa de rei cerrada sobre as respetivas armas.
domingo, 25 de agosto de 2013
Jardim de Malta - Palácio Nacional de Queluz
Vista aérea dos Jardins - Jardim de Malta à direita |
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Perspetiva do Jardim de Malta |
Este fim-de-semana estivemos de visita ao Palácio Nacional de Queluz e seus jardins, nomeadamente, ao Jardim de Malta. Designação que se deve ao facto do Infante D. Pedro de Bragança (1717-1786), posteriormente Príncipe consorte do Brasil e Rei de Portugal de jure uxoris, ter sido, entre 1747 e 1786, Grão-Prior do Crato, a então mais alta dignidade da Ordem Soberana, Militar e Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta em Portugal.
Recorde-se que o Palácio Nacional de Queluz, construído em 1747, fez parte das propriedades da Casa do Infantado e, principalmente a partir da incorporação do Grão Priorado do Crato na Casa do Infantado (criada por D. João IV em 1655), a dignidade de Grão-Prior do Crato passou a ser exercida exclusivamente pelos Infantes de Portugal, que tiveram o título de Senhores da Casa do Infantado.
Ainda antes, no entanto, já a dignidade era cobiçada pelos nossos monarcas para os filhos segundos.
Assim sucedeu, nomeadamente, com o Infante D. Luís de Portugal (1506-1555), filho do Rei D. Manuel I, Infante que primeiramente deteve a dignidade de Grão-Prior do Crato e a passou a seu filho D. António de Portugal (1531-1595), cognominado precisamente Prior do Crato.
Em 20 de Agosto de 1695, D. Pedro II, que deteve a dignidade e chegou a Rei, concedeu o título de Grão-Prior do Crato a
seu filho D. Francisco (1691-1742).
Por força da Carta de 31 de Janeiro de 1790, da
rainha D. Maria I, que roborou e ratificou a anexação e união do Priorado do
Crato à Casa do Infantado, de acordo com a bula papal de 25 de Novembro de
1789, bem como do Alvará de 18 de Dezembro de 1790, que extinguiu a Mesa
Prioral do Crato, passando o expediente à Junta do Infantado, foi criada uma
nova Mesa e um juiz dos feitos da Casa e Priorado, passando a controlar o
Grão-Priorado do Crato.
Foram simultaneamente Senhores do Infantado e Grão-Priores do Crato os seguintes Infantes:
- D. Pedro de Bragança (1648-1706), depois Rei D. Pedro II;
- D. Francisco de Bragança (1691-1742), Duque de Beja;
- D. Pedro de Bragança (1717-1786), depois Rei D. Pedro III;
- D. João de Bragança (1767-1826), depois Rei D. João VI;
- D. Pedro de Alcântara (1798-1834), depois D. Pedro I, Imperador do Brasil (1822-1831), D. Pedro IV, Rei de Portugal (Abril a Maio de 1926);
- D. Miguel de Bragança (1802-1866, depois Rei D. Miguel I.
A Casa do Infantado e as Ordens Religiosas existentes em Portugal foram extintas por Decretos de D. Pedro IV, de 18 de março e 30 de maio de de 1834, respetivamente, sendo os seus bens integrados na Fazenda Nacional.
Recentemente, aquando da visita ao Palácio das Necessidades, deixamos para mais tarde algumas considerações sobre o tempo e contexto em que terão sido executadas as pinturas de altos representantes da Ordem de Malta que aí se encontram expostas: Personificação da Ordem de Malta; os quatro Grão-Mestres Portugueses; D. Francisco de Bragança, Prior do Crato; e Fra' Emanuel de Roham-Polduc, 70.º Príncipe e Grão-Mestre da Ordem de Malta (1775-1797). Tratar-se-á de uma encomenda feita no tempo em que D. Pedro de Bragança (1717-1786), teve a dignidade de Grão-Prior do Crato, como se pode aferir pelo facto de ter sido contemporâneo do 70.º Grão Mestre e sucessor de D. Francisco de Bragança como Senhor da Casa do Infantado e Grão-Prior do Crato.
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Escavações arqueológicas revelam o Hospital que deu origem à Ordem em Jerusalém
Segundo a edição online da National Geographic, escavações arqueológicas no bairro cristão da cidade velha de Jerusalém, que decorreram nos últimos 13 anos, revelam agora uma gigantesta estrutura que terá acolhido o maior hospital do Médio Oriente durante o período das Cruzadas. Nada mais, nada menos, que o hospital construído pela Ordem de São João de Jerusalém, há cerca de 900 anos.
O complexo estende-se por cerca de 1,5 hectares e é caracterizado por enormes pilares e abóbadas de nervuras, com tectos de até 20 pés. Aquele que terá sido o salão principal da enorme estrutura, é muito similar na aparência ao Salão da mesma Ordem dos Cavaleiros de São João, em Acre, na região da Galileia, no norte de Israel.
Num comunicado à imprensa, os arqueólogos disseram: "Nós aprendemos sobre o hospital a partir de documentos históricos e contemporâneos, a maioria dos quais escritos em latim. Os quais mencionam um hospital sofisticado, que é tão grande e organizado como um hospital moderno."
Em 1457 deu-se um terramoto nas imediações de Jerusalém que, provavelmente, destruiu a maior parte do edifício, que permaneceu em ruínas até o século XIX.
Em 1457 deu-se um terramoto nas imediações de Jerusalém que, provavelmente, destruiu a maior parte do edifício, que permaneceu em ruínas até o século XIX.
É muito feliz a notícia desta nova luz sobre as raizes históricas e fundacionais da Ordem de Malta, precisamente neste ano em que se está a comemorar os 900 Anos do reconhecimento Papal da fundação desse Hospital e soberania da Ordem.
domingo, 4 de agosto de 2013
Visita à Falcoaria Real de Salvaterra de Magos
Recentemente estivemos de visita à Falcoaria Real de Salvaterra de Magos, de que damos nota com algumas curiosidades relacionadas com a Ordem de Malta.
Com efeito, remonta aquele complexo aos inícios do século XVIII, tendo os primeiros falcões, cujos exemplares chegaram a Lisboa, com destino a Salvaterra, no dia 24 de Junho de 1745, sido oferecidos ao rei D. João V (1706-1750) pelo português e Grão-Mestre da Ordem de Malta Fra' D. Manuel Pinto da Fonseca (1741-1773).
A tradição de oferecer Falcões e até outras espécies exóticas ao Rei de Portugal, no entanto, é mais antiga. D. António Manoel de Vilhena (1722-1736), o mais renomado português que ocupou a Dignidade de Grão-Mestre da Ordem de Malta, por exemplo, uma vez eleito em 19 de Junho de 1722, todos os anos enviou falcões ao Rei de Portugal, alargando assim uma tradição que se mantinha já com os Reis de França e Espanha. Tradição esta, ainda mais antiga, a remontar a 1530, quando Carlos de Habsburgo, 2.º Rei de Espanha e Imperador do Sacro Império Romano-Germânico impôs à Ordem dos Hospitalários o denominado Tributo do Falcão Maltês em troca simbólica pela cessão da soberania da Ilha de Malta, mediante o qual a Ordem ficou incumbida de entregar anualmente um falcão treinado para a cetraria ao reino de Espanha.
Do periódico "Gazeta de Lisboa", n.º 12, de 20 de Março de 1742, recolhemos a seguinte noticia:
«Quinta feira 15 do corrente deu ElRey noffo Senhor audiência a Duarte de Souza Coutinho, Cavaleiro da Ordem de Malta, e irmam do Correyo Mor do Reyno, que da parte do Gram Meftre da fua Religiam trouxe a Sua Mageftade o cftumado prefente dos Falcoens, fenso feu conductor D. Joam de Souza recebedor da mesma Religiam, que teve a honra de o aprefentar a Sua Mageftade, como fe pratica. Efte Fidalgo havendo desembarcado em hum dos portos de Provença, continuou a fua viagem por terra até efte Reyno».
Ainda neste mesmo ano, com expedição de Nápoles registada a 19 de Junho de 1742 (pode ler-se na "Gazeta de Lisboa", n.º 33, de 14 de Agosto), «O Gram Meftre da Religiam de Malta mandou a Sua Mag. de prefente dous Gatos da Perfia de huma beleza extraordinária».
O complexo da Falcoaria Real de Salvaterra de Magos, no entanto, é hoje apenas parte daquele que foi o Paço Real de Salvaterra de Magos mandado construir, por volta de 1542, pelo Infante D. Luís, que obteve o Senhorio da Vila de seu irmão D. João III, ambos filhos d'El Rei D. Manuel I. Antes, porém, já aí existia um Palácio, mas foram de tal monta a obras de ampliação e remodelação, com destaque para a construção da Capela Real, que ainda hoje aí existe também, que o complexo tomou mesmo o nome de Paço do Infante D. Luís. Recorde-se, a propósito, que o Infante D. Luís, para além de Condestável de Portugal, foi também Governador da Ordem de Malta, enquanto Prior do Crato, o primeiro denominado Grão-Prior do Crato.
Segundo reza a história o infante D. Luís, dito príncipe de altos pensamentos, foi um grande caçador de Falcão e teve a seu serviço oitenta caçadores assalariados, muitos deles estrangeiros, mui práticos nesta arte; e ele no paço, casa donde estava, tinha Falcões e os dava em cuidado aos seus moços da câmara, dos quais eu conheci alguns muito nobres e cada caçador tinha a sua conta dois e três Falcões», pode ler-se nos Anais de Salvaterra de Magos - Dados Históricos desde o Século XIV, por José Estevão.
Cena de caça com recurso a falcões |
As Caçadas eram a mais tradicional forma de entretenimento da Família Real. E os nossos monarcas, desde D. Sebastião a D. José, teriam mesmo uma predilecção especial por Salvaterra de Magos e pelas suas vastas coutadas.
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Diocese de Beja assina protocolo de colaboração com Ordem de Malta
Objetivo é garantir o apoio aos peregrinos que passam pelo Alentejo a caminho de Santiago de Compostela e Fátima
Portugal é, desde o início da nacionalidade, um segmento privilegiado desta vasta rede cultural, que se encontra presente ao longo de quase todo o seu território continental. No Alentejo, o Caminho tem vindo a ser alvo, durante a última década, de um intenso trabalho de redescoberta por parte do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, sob a direcção de José António Falcão. Trabalho que conta com a participação de especialistas de universidades e museus portugueses, franceses, irlandeses, espanhóis e alemães e está a produzir frutos significativos, permitindo trazer à luz do dia monumentos, obras de arte e documentos de arquivo há muito esquecidos.
Definido o labor científico, torna-se agora necessário criar condições, no terreno, para a orientação e acolhimento dos peregrinos, cujo número aumentou substancialmente nos últimos anos. O Departamento do Património Histórico e Artístico vem dialogando nesse sentido com instituições que possam prestar apoio, ao nível local ou regional, a quem segue a pé, de bicicleta ou a cavalo não só para a Galiza, mas também para outros santuários, como Fátima, Vila ou Nossa Senhora de Aires (Viana do Alentejo). Esta cooperação envolve já diversas autarquias, paróquias, associações, corporações de bombeiros e confrarias, com realce para as Santas Casas da Misericórdia, que contam, entre as suas valências históricas, a ajuda aos peregrinos, uma das obras de Misericórdia corporais.
Chegou agora a ocasião de a Diocese de Beja unir os seus esforços aos de outra instituição plurissecular, a Ordem Soberana e Militar de São João do Hospital, de Rodes e de Malta. Conhecida usualmente como Ordem de Malta, esta surgiu na Palestina, no século XI, e desempenhou, a partir de então, um papel do maior relevo assistencial e militar. Actualmente, é uma organização humanitária soberana internacional, reconhecida como entidade de direito internacional. Dirige hospitais e centros de reabilitação, tendo como objectivo auxiliar os idosos, os deficientes, os refugiados, as crianças, os sem-tecto ou as vítimas de doenças terminais e lepra, actuando nos cinco continentes do mundo, sem distinção de raça ou religião. Possui mais de 12.500 membros, 80.000 voluntários permanentes e 20.000 profissionais da saúde associados, incluindo médicos, enfermeiros, auxiliares e paramédicos.
A Ordem de Malta realiza também um notável trabalho ao serviço dos peregrinos, experiência que se pretende estender a novos territórios do Alentejo, através de um protocolo de colaboração com o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, que será celebrado no dia 25 de Julho, solenidade litúrgica de Santiago Maior, na igreja matriz de Santiago do Cacém, numa cerimónia solene que decorrerá às 19h30. O local, cheio de referências jacobeias, é simbólico, já que por aqui passa um dos principais itinerários do Caminho para Compostela – alvo de crescente atenção por parte de estudiosos e peregrinos, desde que este monumento nacional foi reaberto ao público.
O acordo prevê igualmente a valorização do património espiritual e material da Ordem de Malta, que assumiu uma presença muito importante no Alentejo. De facto, esta instituição teve o seu priorado na região e um dos mais destacados priores foi D. Álvaro Gonçalves Pereira, o responsável pela edificação do paço e mosteiro da Flor da Rosa (Crato), onde terá nascido o seu filho D. Nuno Álvares Pereira, hoje São Nuno de Santa Maria. É também de referir que a preciosa relíquia do Santo Lenho, trazida da Terra Santa por Fr. Afonso Pires Farinha, ainda é venerada no mosteiro de Vera Cruz de Marmelar, cabeça de uma das mais destacadas comendas maltesas, cujo território chegava a Elvas e a Beja. Moura e Serpa são outras terras com fortes ligações à Ordem.
Vão intervir na sessão, como outorgantes deste inovador protocolo, em nome da Ordem de Malta, o presidente da Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem, Augusto de Albuquerque de Athayde, Conde de Albuquerque, e o delegado da Ordem no Alentejo, João Fiúza da Silveira, e em nome da Diocese de Beja o vigário-geral, cónego António Domingos Pereira, e o director do Departamento do Património Histórico e Artístico, José António Falcão. in Diário do Sul
sábado, 13 de julho de 2013
Antiga Casa da Recebedoria da Ordem de Malta
Quanto, em 1834, foram extintas as Ordens Religiosas em Portugal, a Recebedoria da Ordem de Malta funcionava neste Palácio, sito na Rua de São José, no coração da atual cidade de Lisboa.
Após as obras encetadas no limiar do século XIX, este edifício, ainda hoje denominado Palácio da Ordem Soberana de Malta, funcionou como Recebedoria da Ordem e mesmo como residência de alguns dos seus membros e administradores mais destacados.
Após as obras encetadas no limiar do século XIX, este edifício, ainda hoje denominado Palácio da Ordem Soberana de Malta, funcionou como Recebedoria da Ordem e mesmo como residência de alguns dos seus membros e administradores mais destacados.
Aí
residiu, por exemplo, José Guedes Pinto de Carvalho, Comendador de Rossas e
Frossos, comendas sitas no distrito de Aveiro, como resulta do seguinte trecho:
«Em nome de Deos Amen
Saibam quantos este Instrumento de Arrendamento fiança e Obrigaçam virem que no
anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oittocentos e dous
annos aos vinte e sette do mez de Janeiro nesta Cidade de Lisboa Rua Direita de
Sam Joze e Cazas de Rezidencia do Excellentissimo Comendador Joze Guedes Pinto
onde eu Tabellião vim e sendo o mesmo ahi prezente de huma Parte e da outra
estava Bernardo Aranha Lavrador, e morador no lugar de Urrô Freguesia de Sam
Miguel do termo de Arouca Bispado de Lamego pelo Excellentissimo Commendador
Joze Guedes Pinto foi ditto a mim Tabelliam prezentes as testemunhas abaixo assignadas
que hé actual Commendador dos Frossos e Rossos com tudo della pertencente
Dízimos fructos foros pençoens Luctuoza permissoens Sanjoaneiras Direitos de
Covagem de Sepulturas e Montado de fora e todos os mais Rendimentos e
Laudemios, e como tal por esta Escriptura e pella melhor forma de Direito o
Excellentissimo Commendador dá de arrendamento a ditta Commenda ao seu actual
Rendeiro Bernardo Aranha pello tempo de dous anos…».
Em
16 de Janeiro de 1807 a Gazeta de Lisboa fazia anunciar que «Quem quizer arrendar a Commenda de Corveira, da Ordem de Malta, na
Comarca de Chaves, dirija-se à Casa da Recebedoria da mesma Ordem, na rua de S.
José, todos os dias de manhã que não forem festivos.» Pouco antes, em 12 de
Dezembro de 1806, o mesmo periódico anunciava que «Na Casa da Recebedoria da Ordem de Malta, na rua de S. José, há para
vender 3 carruagens de quatro rodas cada huma, em bom uso.»
Ainda no mesmo periódico, mas já em 24 de Abril 1833, pode ler-se: «Arrendão-se a Baliagem, e Commendas de Lessa, e de Távora na Província do Minho; de Poyares, de Corveira, de Algoso, de S. Christóvão, e de Alvações em Trás-os-Montes; da Covilhã e de Aldeia-Velha na Beira-Alta; de Beja no Alem-Tejo; e de Torres Vedras na Estremadura, todas da Ordem de Malta, e a principiar no S. João do corrente anno de 1883: quem as pretender, poderá comparecer todos os dias de manhã, não sendo feriados, na recebedoria da mesma Ordem na rua de S. José n.º 196, aonde se farão saber as condições dos arrendamentos, ou nos locaes das ditas Comendas perante os respetivos Procuradores, authorizados para receberem os lanços offerecidos.».
Com a extinção das
Ordens Religiosas perdeu-se o rumo a muito do recheio da antiga Recebedoria, «…entre o qual existiam “[...] pinturas, estampas, e diversos outros objectos
litterarios, e scientificos [...]”, reunido
para colocar à venda logo em 1835; venda esta que acabou por ser «…suspensa, sendo ordenado ao prefeito da
Estremadura a sua recolha e posterior
entrega ao Depósito das Livrarias».
Antes, porém, em 22 de Dezembro de 1834, por Portaria do Governo mandou-se apresentar um oficial da Torre do Tombo a António Nunes de Carvalho, para receber e fazer conduzir à Torre do Tombo o Cartório que se achava no edifício da extinta Recebedoria da Ordem Soberana de Malta.
Antes, porém, em 22 de Dezembro de 1834, por Portaria do Governo mandou-se apresentar um oficial da Torre do Tombo a António Nunes de Carvalho, para receber e fazer conduzir à Torre do Tombo o Cartório que se achava no edifício da extinta Recebedoria da Ordem Soberana de Malta.
sexta-feira, 5 de julho de 2013
1220.VII.05 - D. Sancho I, rei de Portugal, outorga uma carta a Rodrigo Pais, Prior da Ordem do Hospital, confirmando uma
carta de D. Afonso, seu pai, [[o foro feito a dom Reimondo e a seus irmãos, que
eram na terra, por remissão de seus pecados, nas era de 1178 [AD 1140],
terceiro dia das kalendas de Abril. Concedeu ainda tudo o que possuissem ou
viessem a possuir, e quitou e livrou os seus homens de toda a obra serviçal. E
se, nas suas herdades, algum cometesse homicídio, furto ou rousso, comporia
segundo sua possibilidade para a Ordem. E do que por composição pagasse, se
desse a el-rei a metade, e a outra ficasse nesta herança. E do que comprassem
ou vendessem não pagariam nem levada nem portagem. E que nunca aos irmãos do
Hospital fossem feitas penhoras nem prendas, salvo se fosse em causa alegada
perante o Prior e freires.]] E quem esta sua esmola quebrantasse, pagasse com
nome de pena, 500 soldos de moeda aprovada, e [[[com dee cabo]]] restituisse e
tornasse a seu dono, sendo metade para a casa de Deus, e pobres dela, e fosse
maldito e excomungado e apartado do consórcio dos barões santos, perpetuamente.
E outorgara esta carta com consentimento de seus cónegos, dom João, Arcebispo
de Braga, dom Aires, Prior que então era, ao qual, e a seus sucessores dera
licença que, com justa causa, excomungassem os que a algum freire fizesse
injúria. E fosse excomungado e não fosse recebido na igreja até que a ele e a si
satisfizesse. As quais cousas concedeu perpetuamente e outorgou na era de 1220
[AD 1182], aos 5 de Julho, com sua mulher e seus filhos e filhas, tendo por
testemunhas muitos prelados do reino e outros senhores e oficiais maiores de
sua casa, e da rainha, a qual dava por alma de seu pai e remissão de seus
pecados, à honra de Deus e de S. João Baptista.
ANTT - Chancelaria
de D. Manuel I, liv. 40, fl. 59
terça-feira, 2 de julho de 2013
Cerimónias de Comemoração do Santo Patrono e dos 900 Anos, em Lisboa
Veja as noticias e as fotos no blog da Assembleia dos Cavaleiros Portugueses e o no blog do Corpo de Voluntários
sábado, 29 de junho de 2013
Sua Santidade o Papa recebeu o Grão-Mestre da Ordem de Malta
Mantendo a tradição do encontro entre os dois Chefes de Estado, no dia em que se comemora o nascimento de São João Batista, Sua Santidade o Papa Francisco recebeu em audiência o Príncipe e Grão-Mestre da Ordem de Malta Fra' Matthew Festing.
A crise económina e financeira e as emergências humanitárias relacionadas com os conflitos em curso, nomeadamente, a situação preocupamente na Síria, foram os principais pontos da reunião. Fra' Matthew Festing deu a conhecer a Sua Santidade as muitas atividades humanitárias realizadas em todo o Mundo, nomeadamente no Médio Oriente e em África, e deixou o compromisso do apoio à população necessitada dos países da América do Sul.
terça-feira, 25 de junho de 2013
Inauguração da Capela de Sant'Anna, sede espiritual dos Cavaleiros residentes nos Açores
No passado dia 09 de junho, no contexto das Cerimónias que tiveram lugar na ilha de São Miguel, Açores, foi inaugurada a remodelação da seiscentista Ermida de Sant’Anna, sita no extremo sudoeste do Jardim da Fundação Jardim José do Canto, na qual os Cavaleiros de Malta residentes nos Açores passarão a reunir-se para proceder aos seus exercícios espirituais e para terem uma base para a projeção da sua ação nos Açores.
Na mesma ocasião, S.E. o Senhor Conde de Albuquerque, conjuntamente com SAR o Senhor Duque de Viseu e com S.E. o Senhor Embaixador da Ordem de Malta em Portugal, procedeu ao descerramento e à inauguração dos quadros dos quatro Príncipes e Grão-Mestres portugueses da Ordem Soberana Militar de Malta.
Seguidamente foi hasteada a bandeira da Ordem de Malta no mastro lateral da Igreja, marcando assim e deste modo simbólica e efetivamente a presença da Ordem de Malta nos Açores.
Para além da importância para as atividades espirituais dos Cavaleiros da Ordem residentes nos Açores, esta Capela será também um importante espaço de conhecimento e divulgação de aspetos histórico-culturais da Ordem, nomeadamente, dos Quatro Grão-Mestres Portugueses, através das belas reproduções dos retratos e respetivos brasões, que aí se encontram patentes.
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Mais fotos e desenvolvimentos no blog da Assembleia dos Cavaleiros Portugueses |
terça-feira, 18 de junho de 2013
Cerimónias Religiosas e Culturais em Lisboa
Para comemorar os 900 Anos da Ordem Soberana Militar de Malta, a Assembleia dos Cavaleiros Portugueses
tem vindo a desenvolver várias iniciativas de
caracter cultural e espiritual que se prolongarão até ao final de 2013.
Nesse âmbito, e também para assinalar e celebrar o dia do Santo Patrono São João Baptista, terão lugar duas importantes Cerimónias Religiosas e Culturais
no próximo dia 23 de Junho na cidade de Lisboa.
Missa
Solene
Igreja de S. Roque - Largo de São Roque, em Lisboa, às 11:00 horas
Presidida pelo Capelão Grã – Cruz Conventual Ad - Honorem – S. E. R. o Bispo de Portalegre – Castelo Branco, D. Antonino Dias.
Coro de Câmara de Lisboa sob a Direcção da Maestrina Teresa Marques
Acompanhamento Musical do Maestro Armando Vidal
Cerimónia transmitida em directo pela TVI
Igreja de S. Roque - Largo de São Roque, em Lisboa, às 11:00 horas
Presidida pelo Capelão Grã – Cruz Conventual Ad - Honorem – S. E. R. o Bispo de Portalegre – Castelo Branco, D. Antonino Dias.
Coro de Câmara de Lisboa sob a Direcção da Maestrina Teresa Marques
Acompanhamento Musical do Maestro Armando Vidal
Cerimónia transmitida em directo pela TVI
Concerto
Igreja de Nossa Senhora do Loreto – Largo do
Chiado, em Lisboa, às 15:30 horas
Concerto de Musica Sacra / Te Deum
Orquestra Sinfónica da G.N.R
Coro Novem Centum Annis
Cantores Líricos
– Conceição Seabra Galante, Joana de Siqueira e Nuno de Vilallonga e
participação do Tenor Bruno de Menezes Ribeiro
Hora prevista para términus
destas Cerimónias - 17h00
A Ordem de Malta teve a sua origem num pequeno hospício fundado em Jerusalém,
por volta de 1070, para albergar os peregrinos que demandavam aquelas
paragens.
Em 1113 foi aprovada a instituição do Hospital de São João, pela
bula do Papa Pascoal II, Pie Postulatio Voluntatis.
Em Portugal, a Ordem do
Hospital de São João marcou presença desde a fundação da nacionalidade,
contribuindo para a consolidação e afirmação da entidade nacional
Portuguesa.
Ao longo de nove séculos de vida, a Ordem Soberana Militar de
Malta afirmou-se no Conserto das Nações como um ente político e
internacionalmente soberano, Sujeito de Direito, tendo por finalidade principal
a de servir aqueles que sofrem e os mais carenciados numa perspectiva Cristã e
solidária, de dignificação do Homem.
A Assembleia dos Cavaleiros Portugueses
da Ordem Soberana Militar de Malta, Pessoa Colectiva de Utilidade Pública e
Instituição Particular de Solidariedade Social, com Sede em Lisboa, foi fundada
em 1899, tendo sido o seu primeiro Presidente de honra El-Rei D. Carlos
I.
Tem desenvolvido Obras Assistenciais em prol dos mais desfavorecidos,
nomeadamente na área da assistência médica e da formação, do Norte a Sul do
País, ao abrigo do Espírito Cristão baseado nas duas premissas Obsequium
Pauperum e Tuitio Fidae.
A Cruz branca oitavada, símbolo da Ordem Soberana
Militar de Malta, é uma referência universal, de Paz, de Concórdia e de Amor
Cristão.
domingo, 16 de junho de 2013
Cerimónias de Investidura de Novos Membros e Comemoração dos 900 Anos, em Ponta Delgada.
Nos passado dia 8 deste mês teve lugar a Cerimónia de Investidura de Novos Membros e Comemoração dos 900 anos da Ordem Soberana e Militar de Malta. A cerimónia, bastante concorrida, teve lugar na Igreja de Nossa Senhora da Conceição e São José, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, Açores.
Com a devida vénia à Câmara Municipal de Ponta Delgada, apresentamos algumas fotos:
Noticia completa das cerimónias e fotos oficiais no blog da Assembleia dos Cavaleiros Portugueses.
sábado, 15 de junho de 2013
Ex-Líbris de Cavaleiros da Ordem de Malta
Por ocasião das Cerimónias de Investidura de Novos Membros e Comemoração dos 900 Anos da Ordem Soberana e Militar de Malta, que recentemente tiveram lugar em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, a Academia Portuguesa de Ex-Líbris organizou uma exposição intitulada "Ex-Líbris de Cavaleiros Portugueses da Soberana Militar e Hospitalária Ordem de S. João de Jersualém, de Rodes e de Malta e de agraciados com a Ordem pró-Mérito Melitense".
Com a devida vénia à Academia Portuguesa de Ex-Líbris, apresentamos aqui alguns exemplos dos Ex-Líbris em exposição:
terça-feira, 4 de junho de 2013
António de Oliveira Pinto da França (1935-2013)

António
Pinto da França, natural de Matosinhos, onde nasceu a 12 de setembro de 1935, e licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa (1960), enquanto Embaixador representou
Portugal em diversos países. Carreira diplomática que iniciou em Jacarta como
Encarregado de Negócios (1965-1970), antes de ser colocado na embaixada da
delegação portuguesa junto do Conselho da NATO, em Bruxelas (1970-1974) e
concluiu junto do Vaticano. Enviado
especial do ministro dos Negócios Estrangeiros para negociar a libertação dos
militares portugueses ainda detidos em Timor, Pinto da França exerceu pela
primeira vez funções de embaixador na Guiné-Bissau, entre 1977 e 1979. Na sua
intensa atividade diplomática regista-se ainda o cargo de embaixador em Luanda
(1983-88), tendo depois chefiado as representações diplomáticas de Portugal na
Alemanha e Santa Sé.
Autor de diversas obras onde descreve com
particular detalhe a sua experiência profissional e o contacto com outras
culturas, foi agraciado com diversas condecorações oficiais, incluindo a
Grã-Cruz da Ordem de Cristo e a Grã-Cruz da Ordem de Mérito.
De uma singular afabilidade de trato, o Embaixador António Pinto da
França vinha ainda exercendo, desde 2006, o cargo de Chanceler das Ordens de
Mérito Civil.
É para nós, confrades e amigos, uma perda irreparável. Que a sua alma descanse em paz!
Apresentamos sentidas condolências à família.
sábado, 1 de junho de 2013
Grão-Priores da Ordem de Malta
Este sábado revisitámos os Governadores do Priorado de Portugal da Ordem de Malta, primeiramente denominados Priores do Hospital, depois, Priores do Crato e, por fim, Grão-Priores do Crato.
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