quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Frossos - Antiga Comenda da Ordem de Malta

continuação

Em Frossos, como em muitas outras Comendas, existem ainda hoje muitos dos marcos em pedra, levantados nas sucessivas demarcações da Comenda.
Estes marcos, na sua grande maioria, são de granito com forma de paralelepípedos, com cerca de 1 metro de altura, e com uma das faces trabalhada. Na parte superior desta face sobressai, duma zona circular cavada, uma cruz de Malta em relevo. Logo abaixo do círculo abriu-se em todos a data de demarcação ou, em alguns casos, do ano anterior a esta[1]. Nos penedos aproveitados como marcos abriu-se apenas o hábito, isto é, cavou-se um círculo deixando a cruz em relevo, e gravou-se por baixo a data.
Para melhor orientação e esclarecimento sobre os limites da Comenda, a face trabalhada dos marcos ficou voltada para as terras da mesma e a direcção da esquina direita dessa face, indicava o sentido da divisória, segundo a ordem da colocação dos marcos.
Entretanto, e com o passar dos anos, não se sabe a localização de muitos destes marcos, alguns desapareceram, outros foram arrancados para o mais variado tipo de finalidades e outros simplesmente foram vandalizados. Os poucos que restam constituem elementos importantes sobre a presença daquela Ordem e do património da localidade em causa.
Mas, também entre os vários Comendadores da Ordem se verificavam divergências, nomeadamente pela falta de unanimidade na interpretação dos direitos da Ordem, que se reflectiria em atitudes diferentes. Facto este com reflexos no foral concedido por D. Manuel, onde pode ler-se: “…pellas mudamças dos tempos se vierom a romper outras terras novas de maninho em ouve per discurso de tempo diversas maneiras de foros e emprazamentos sobre os quaães ouve e há demandas amtre os comendadores pasados e este que ora há…”. Pelo que, D.Manuel autorizou “…os que niso se sentirem agravados pollos comendadores passados ou pello comendador presemte poderam requerer sua justiça a qual mandamos a nossos desembargadores que lha façam inteiramente”.
Na perspectiva de Paula Pinto Costa, esta decisão, para além do mais, poderá ter consubstanciado uma interferência na jurisdição dos Hospitalários, uma vez que ficou consignado o recurso à justiça régia, sem qualquer referência aos mecanismos próprios da Ordem[2].
Referimos já o facto da informação sobre a Comenda de Frossos ser quase inexistente e a necessidade de nos socorrermos doutras fontes documentais para estruturar a história desta freguesia situada na margem direita do Vouga. Para isso, já o dissemos, contribuiu a destruição do Arquivo da própria Ordem que se encontrava no Crato; o facto de não ter sido uma Comenda autónoma e, ainda, o facto da própria qualificação político-administrativa de Frossos ter sofrido algumas alterações ao longo dos tempos.
Ainda assim, chegaram aos nossos dias alguns documentos, de alguns dos últimos actos e nomeações, entretanto reunidos por A. J. Brandão de Pinho, em “Rossas – Inventário Natural, Patrimonial e Sociológico”, que nos permitem deitar os olhos sobre cargos, funções e hierarquias na administração da Comenda de Frossos, assim como sobre as Comendas que lhe andaram associadas.
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[1] Em algumas Comendas, na Demarcação de 1630, foram colocados marcos concebidos no ano anterior e com data desse mesmo ano.
[2] COSTA, Paula Pinto, “Algumas Comendas Hospitalárias entre o Poder Central, Municipal e Senhorial em Tempos Medievais”, in Revista FILERMO, Porto 2007, pág.88 e ss.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Recortes

Beato Gerardo Sasso, fundador da Ordem

Aboím da Nóbrega - Antiga pertença da Comenda de Távora


Foi sede do antigo concelho de Aboim da Nóbrega, extinto por decreto de 31 de Dezembro de 1853, passando a fazer parte do concelho de Pico de Regalados, extinto igualmente por decreto de 24 de Outubro de 1855, sendo incorporado no actual concelho e comarca de Vila Verde.Anteriormente foi ainda sede mãe das Terras da Nóbrega. Aboim da Nóbrega ou Terras da Nóbrega era, na sua forma histórica primitiva, uma vila romana (Vila da Nóbrega). Designava-se por Terra da Nóbrega, nos séculos XII e XIII, a região que se estende ao sul do Lima, desde Ponte da Barca à fronteira, e entre aquele rio e a linha divisória de águas com o Homem (actuais freguesias do concelho de Ponte da Barca e ainda algumas do concelho de Vila Verde).
A freguesia de N.ª S.ª da Assunção de Aboim da Nóbrega pertencenceu à comenda de Távora da Ordem de Malta, dos Marqueses de Távora, cabido do Couto de Aboim da Nóbrega, da mesma ordem na antiga comenda de Viana, e depois passou à Coroa, a que D. Manuel deu foral em Lisboa a 24 de Outubro de 1513.
Foi senhor deste couto D. João de Aboim (mordomo-mor de D. Afonso III e conselheiro de D. Diniz) filho de D. Pedro Ouriguez da Nóbrega e neto de D. Ourigo Ouriguez, O Velho da Nóbrega que (re)construiu o poderoso Castelo da Nóbrega e expulsou os Mouros das Terras da Nóbrega. Tronco destas duas famílias da Nóbrega e Aboim, descenderam ilustres nobres unidos por casamento com os melhores de Portugal e Espanha. D. João de Aboim foi muito rico em bens, tanto em Portugal como em Espanha. E foi tão amigo da Ordem de Malta que lhe sujeitou ao mosteiro de Marmelar (onde está enterrado) as igrejas de sua vila de Portel.
Dele há ilustre descendência, como são por exemplo os senhores da Barca. O apelido Aboim inclui-se nos Sousas, por casamento de D. Maria Pires, filha de D. Pedro Anes e neta de D. João de Aboim, com o infante Afonso Dinis, filho do rei D. Afonso III.
Alguns têm ainda o apelido de Aboim, mas não o solar que se julga ter sido vendido pelos herdeiros, no tempo do rei D. Afonso V, a Fernão Martins - familiar do Arcebispo de Braga - que pôde usar as honras desta quinta e casa, em 1449, por feitos na guerra.
No lugar de Casaleixo (Casal do Eixo) nasceu o célebre fidalgo João Soares Vives que foi capitão-mor das naus da Índia e que desgostoso com alguns fidalgos portugueses partiu para Castela onde mais tarde Filipe IV lhe concedeu o título de Conde da Nóbrega. A igreja de Aboim possui uma capela anexa voltada para o interior da igreja mandada construir por este fidalgo, onde na parte nascente se pode ver uma inscrição que lhe faz menção.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Frossos - Antiga Comenda da Ordem de Malta

continuação
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Referimos já a dificuldade em pormenorizar, principalmente devido à destruição dos arquivos da Ordem, a forma como esta administrava as circunscrições que lhe eram entregues ou doadas e como exercia os privilégios e benefícios que lhe eram concedidos. No entanto, de forma indirecta, muitas vezes através de documentos régios e diferendos locais, podemos chegar muito próximo daquele objectivo. É este o ponto de partida para se saber um pouco mais sobre a presença da Ordem de Malta em Frossos.
Assim, o documento que, para já, se nos afigura mais importante é a Carta de Foral, concedida por D. Manuel I, em 22 de Março de 1514. Neste Foral, encontram-se expressos alguns benefícios e privilégios de que a Ordem de Malta (a essa data Ordem dos Cavaleiros de Rodes) era titular. Facto que demonstra uma presença estabilizada e justificada nesta região do Vouga.
E se, por um lado, D. Manuel não foi alheio aos diferendos que entretanto opunham esta Ordem às Religiosas do Mosteiro de Jesus de Aveiro, na questão do padroado da igreja de S. Paio de Frossos, também não ignora os privilégios de que esta Ordem, pela ajuda na conquista do território português, se tornou credora e da extrema importância da sua acção, posteriormente, para defesa e povoamento da terra conquistada. O que é ainda mais relevante, se atendermos ao facto dos nossos reis, entretanto, terem içado bandeiras da Ordem de Cristo, que sucedeu à Ordem dos Templários entre nós, e se terem lançado aos mares, descorando o território luso e dedicando-se à conquista de novos mundos.
Em 5 de Abril de 1518, quatro anos depois de ter concedido a Carta de Foral à vila de Frossos, D. Manuel não se coibiu de mandar lavrar uma sentença contra o Comendador de Frossos, no diferendo sobre o padroado e dízimos da igreja de S. Paio, que o opunha às Religiosas do Mosteiro de Jesus e que, alegadamente, terá sido despoletado pela posse violenta da igreja de S. Paio pelo Comendador Frei Leonel, em 1 de Agosto de 1507[1].
Este facto pode ser visto como um pequeno recuo nos privilégios e benefícios concedidos apenas quatro anos antes, mas também, e por outro lado, uma tentativa clara de definir o património temporal do Mosteiro de Jesus de Aveiro, que por esta altura se arrastava indefinido.
Porém, o desfecho da contenda, pelo menos nos tribunais da Coroa, apenas se viria a verificar em 7 de Novembro de 1807. Frossos chega a ser uma reitoria da apresentação do Mosteiro de Jesus[2].
Na data em que, alegadamente, se desencadeia este diferendo, Frossos anda associada à Comenda de Rossas, sendo Comendador comum o Frei D. (Leonel) Henrique Telles. Também em Rossas, terá o Comendador constituído padroado sobre a igreja de Nossa Senhora da Conceição e se apropriado dos dízimos da mesma. No entanto, não há tradição de qualquer diferendo com outra entidade sobre os mesmos, nem indício de qualquer ilegitimidade da acção.
Porém, alguns anos antes, encontramos registos de diferendos entre a Abadessa do Convento de Arouca e o Comendador de Rossas, sobre o exercício de benefícios e privilégios em zona de propriedade pouco esclarecida. Entre o exercício de outros direitos, a Abadessa do Convento de Arouca, dizia-se titular do «direito de pescaria das trutas e outro peixe no rio Urtigosa», que tem nascente pouco mais acima dos limites de Rossas e aqui desagua no rio Arda, que também a atravessa. Direito sobre o qual, o Comendador se arrogava e comprovava único e exclusivo titular, em todo o curso do referido rio[3].
Este exemplo, assim como o anterior, demonstra que a concessão de territórios, privilégios e beneficios a esta Ordem, não poucas vezes, levantava problemas com outras Ordens ou instituições locais. Realidade que se espelha na forma rigorosa e frequente com que se faziam demarcações das Comendas pertencentes à Ordem.
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continua
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[1] CAPÃO, António Tavares Simões, Carta de Foral da Vila de Frossos, Colecção Autores Aveirenses, n.º 2, Paisagem Editora, 1984, pág. 29 e 30.
[2] Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Volume XI, Editorial Enciclopédia, Limitada, pág. 916.
[3] PEREIRA, Virgílio – Cancioneiro de Arouca – Edição Fac-similada, ADPA, Arouca 1990, pág.61.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

FILERMO

Deu recentemente à estampa o Vol.9 da FILERMO, publicação da Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana Militar e Hospitalária de S. João de Jerusalém, de Rodes e de Malta, abreviadamente conhecida por Ordem Soberana Militar e Hospitalária de Malta.
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Sinopse:
- Indicações para a vida espiritual no século XXI, por Dom Carlos A. Moreira de Azevedo;
- E mandou que lhe trouxessem um jumentinho..., por João Rebelo de Carvalho;
- Acerca da verdade, por José de Sousa Mendes;
- Obras Hospitalárias Portuguesas da Ordem de Malta, por António Feijó de Andrade Gomes;
- Inauguração do Pátio de Honra do Palácio Vilhena em Mdina, por Conde de Albuquerque;
- Comendas hospitalárias entre os poderes central, municipal e senhorial em tempos medievais, por Paula Pinto Costa;
- O processo de incorporação do Grão-priorado do Crato na Casa do Infantado, por Maria Inês Verso;
- Relicário de prata do Beato Gerardo (2004): re(desenhar) a veneração, por G. de Vasconcelos e Sousa;
- A cruz de Malta no contexto da faiança portuguesa armoriada de influência oriental, por João Pedro Monteiro;
- A cruz da Ordem de Malta na heráldica autárquica portuguesa moderna, por Lourenço Correia de Matos;
- Confrades Falecidos
- Noticiário
por D. Ruy de Villas-Boas (Guilhomil)
- Estado da Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana Militar e Hospitalária de S. João de Jerusalém, de Rodes e de Malta;
- Confrades falecidos desde 1899;
- Ordem Pro-Merito Melitense em Portugal;
- Conselhos da Assembleia Portuguesa;
- Membros diplomáticos.

Frossos - Antiga Comenda da Ordem de Malta

Passamos a publicar um excerto (revisto) do texto elaborado em 2006, a pedido da Junta de Freguesia de Frossos, para assinalar a passagem de mais um aniversário da concessão, por D. Manuel, do foral à então Vila de Frossos.
A. J. Brandão de Pinho


Embora seja hoje a mais pequena freguesia do concelho de Albergaria-a-Velha, Frossos chegou a ser sede de um concelho medieval. Em 1124, D. Teresa concede carta de doação à povoação. Em 22 de Março de 1514, D. Manuel I concede foral novo à vila de Frossos, ou “Foroços” como então se grafava. Foram então mandados fazer três exemplares: «…huu delles pera a camara de foroços da Ordem de Sam Johã e outº pera o Sñorio dos ditos drtos e outro pera a… torre do tombo…» [1]. Era Comendador Frei (Leonel) Henrique Telles.

A presença da Ordem de Malta em Frossos remonta ao tempo da primeira sede desta Ordem Militar e Religiosa em Portugal e, também assim, ao tempo em que, conquistada mais uma “parcela” daquele que viria a ser o Portugal que hoje conhecemos, se tornava necessário defender e povoar a mesma. O rio Vouga constitui uma das primeiras linhas naturais de defesa, o limite de uma das primeiras “parcelas” de território que interessava defender e povoar.
Andou quase sempre associada à Comenda de Rossas[2], Arouca, e, por isso, é omissa em muitos documentos e relações de bens da Ordem ou a ela referentes.
Se, por um lado, Rossas cumpriu predominantemente intentos de povoamento; por outro, Frossos revelou-se como uma das Comendas estrategicamente melhor posicionadas para cumprir o desiderato da defesa na conquista do território português.

Vimos já que a expansão da Ordem no território português se faz ao ritmo da conquista do mesmo, sendo a sua colaboração extremamente relevante durante e após, como o comprovam os inúmeros privilégios concedidos, mormente, pelos nossos primeiros Reis.
O principal objectivo de D. Afonso Henriques (1143 – 1185), o “Conquistador”, era aumentar o território conquistando terras aos Mouros. «Para fixação das populações nas terras libertadas, favoreceu as ordens militares (Santiago de Espada, Hospitalários e Templários)…»[3].
D. Sancho I (1185 – 1211), continuou a luta contra os Mouros e foi cognominado de o “Povoador” por se ter ocupado do povoamento do território. Para garantir a defesa das terras conquistadas D. Sancho I mandou construir castelos e fundou povoações junto das fronteiras. Doou terras às ordens religiosas e militares e mandou vir colonos estrangeiros a quem entregou terras com a obrigação de as cultivarem e defenderem. «O seu esforço para atrair populações às zonas recém conquistadas está patente na atribuição de cartas de foral a numerosos concelhos… Fez importantes doações a ordens militares (Hospitalários, Templários, Calatrava e Santiago de Espada), funcionando estas e seus castelos como defesa contra as incursões dos inimigos e simultaneamente como protecção às populações que se iam fixando ao seu redor…»[4].
Paradigmáticas e elucidativas, estas duas passagens enquadram e justificam a existência da Comenda de Frossos, como de quase todas as outras, no espaço e no tempo.
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[1] CAPÃO, António Tavares Simões, Carta de Foral da Vila de Frossos, Colecção Autores Aveirenses, n.º 2, Paisagem Editora, 1984, pág.12.
[2] Era a cabeça de Comenda. Durante algum tempo, também a Comenda de Rio Meão, em Santa Maria da Feira, lhes esteve associada. Em Rossas, ainda hoje existe a Casa da Comenda e variadíssimas marcas da presença da Ordem de Malta.
[3] SOUSA, Manuel de, Reis e Rainhas de Portugal, SPORPRESS, 2000. pág.34.
[4] Idem, ibidem, pág.37.
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continua

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Heráldicas - Marcas actuais de uma presença passada

Tomamos conhecimento pelo Vol. 9 da revista FILERMO, editada pela Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana e Militar de Malta, que sobre este assunto existe já um trabalho de Lourenço Correia de Matos, denominado "A CRUZ DA ORDEM DE MALTA NA HERÁLDICA AUTÁRQUICA PORTUGUESA MODERNA", para o qual remetemos os interessados nesta matéria.
O trabalho em apreço, embora não ofereça o elenco de todas as heráldicas que actualmente ostentam a Cruz oitavada da Ordem de Malta (por ex. Rossas (c.Arouca), apresenta breves notas referindo a ligação da Ordem aos concelhos do Crato, Gavião, Maia, Oleiros, Oliveira do Hospital, Proença-A-Nova, Sernancelhe, Sertã; e freguesias de Aldoar, Arcozelo, Cardigos, Carvoeiro, Crato e Mártires, Cumeada, Cunha, Custóias, Envendos, Escapães, Estreito, Figueiró da Serra, Fontelo, Fregim, Frossos, Gondim, Gueifães, Guilheiro, Landal, Leça do Balio, Maceda, Maia, Malta, Montoito, Mosteiro, Moura Morta, Mozelos, Nesperal, Óis da Ribeira, Oleiros, Oliveira do Hospital, Pedrogão, Pedrogão Pequeno, Pico de Regalados, Poiares, Pontével, Portel, Proença-A-Nova, Queijada, Rio Meão, Sameiro, Sandiães, Santão, São Mamede de Infesta, São Salvador, Sernancelhe, Sistelo, Vale de Gouvinhas, e Vilar de Maçada.

"Os Hospitalários no Caminho de Santiago"


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terça-feira, 4 de setembro de 2007

“Os Cavaleiros da Ordem do Hospital em Portugal: Rotas do Património”


7 de Setembro, 14h30, Auditório da Junta de Freguesia de Leça do Balio (Matosinhos)

Presente em Portugal desde o início do século XII, a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários desempenhou um importante papel ao longo da história de Portugal. Fundando a sua primeira casa no Mosteiro de Leça, rapidamente a Ordem do Hospital obteve diversos domínios e comendas em todo o país.

Dessa época subsiste um importante património cultural que testemunham a importância da acção desta ordem religiosa e militar em diversos momentos da história. A divulgação e valorização do património cultural referente à presença da Ordem do Hospital em Portugal, do ponto de vista científico assim como turístico é um dos desafios que se colocam a estes municípios.

Esta mesa-redonda tem como principal objectivo inventariar os elementos mais significativos do património histórico-cultural hospitalário e, simultaneamente, lançar pontes de colaboração entre os municípios para a sua valorização e divulgação.

A mesa-redonda decorrerá a 7 de Setembro (sexta-feira), no auditório da Junta de Freguesia de Leça do Balio (junto ao Mosteiro de Santa Maria de Leça).

Programa
14h30: Abertura
15h00: Comunicações:
José Manuel Varela
O Mosteiro de Santa Maria de Leça: Um lugar na história

José Carlos Lobato Ferreira e Carlos Grácio
Gavião e Belver nos caminhos dos Hospitalários


Paulo Lima e Ana Pagará
Projecto para o Estudo, Conservação e Divulgação do Mosteiro de Vera Cruz de Marmelar (Portel)


Francisco Antunes
A presença da Ordem de Malta em Oliveira do Hospital


Carmona Ribeiro
A Ordem do Hospital no Norte Alentejano

Ramos Moreira e Marta Martins
A Ordem do Hospital: vivências da sua presença na Sertã

18h00: Debate e Encerramento

"Os Hospitalários no Caminho de Santiago"



«A Câmara Municipal de Matosinhos vai realizar nos dias 6, 7, 8 e 9 de Setembro, a segunda edição da reconstituição histórica “Os Hospitalários no Caminho de Santiago”.
Este evento decorrerá no Mosteiro de Leça do Balio e sua envolvente, que se encontram profundamente associados à ordem religiosa-militar dos Cavaleiros de S. João de Jerusalém, conhecida também por Ordem do Hospital, que aqui se fixou no século XII e escolheu este mosteiro como a sua primeira sede em Portugal.
Com esta iniciativa pretende-se reavivar o Caminho Português de Santiago, no Concelho de Matosinhos, bem como realçar o papel importante que o Mosteiro desempenhou no apoio aos peregrinos durante vários séculos.
Esta reconstituição inclui concertos de música medieval, mouraria, falcoaria, saltimbancos, tabernas medievais, malabaristas, dança de época, passeios de burro, torneios a cavalo e muito mais…»

Dia 6 Setembro (5ª feira)
Horário: 19h00 às 24h00

19h00 – Abertura da feira e inauguração do Centro Interpretativo do Mosteiro de Leça do Balio;
20h00 – Demonstração de Aves de Rapina;
22h00 – Concerto de Jordi Savall *
24h00 – Encerramento.

Dia 7 de Setembro (6ª feira)
Horário: 10h00 às 24h00

12h00/15h00/18h00/20h00 – Demonstração de Aves de Rapina;
15h00/18h00/20h00 – Justas Medievais;
15h00 – Mesa Redonda “Os Cavaleiros da Ordem do Hospital em Portugal: Rotas do Património”.
Participação dos Municípios de Matosinhos, Nisa, Portel, Gavião e Sertã**19h00/22h00 – Torneios a Cavalo;
20h00 – Ceia Medieval (Paços do Balio);***
22h00 – Concerto Ensemble Vocal Introitus;
24h00 – Encerramento.

Visitas guiadas ao mosteiro de Leça do Balio – 11h00/ 16h00/ 18h00

Dia 8 de Setembro (Sábado)
Horário: 10h00 às 24h00

12h00/15h00/18h00/20h00 – Demonstração de Aves de Rapina;
15h00/18h00/20h00 – Justas Medievais;
16h00/19h00/22h00 – Torneios a Cavalo;
10h30 – Visita guiada às intervenções arqueológicas na Ponte de D. Goimil;
20h00 – Ceia Medieval (Paços do Balio);***
22h00 – Concerto com Xarnege – música medieval (exterior do Mosteiro);
24h00 – Encerramento.

Visitas guiadas ao Mosteiro de Leça do Balio – 11h00/ 15h00/ 17h00/ 18h00

Dia 9 de Setembro (Domingo)
Horário: 10h00 às 20h00

10h00 – O Caminho de Santiago entre Lugar do Telheiro e o Mosteiro de Leça do Balio;
12h00/14h00/19h00 – Demonstração de Aves de Rapina;
12h00/14h00/18h00 – Justas Medievais;
14h00/19h00 – Torneios a Cavalo;
16h00 – Recriação do Casamento de D. Fernando e D. Leonor Teles ;*
20h00 – Encerramento.

Visitas guiadas ao Mosteiro de Leça do Balio – 12h00/18h00/19h00

· * Gratuito. Lotação limitada. Entrada mediante apresentação de ingresso
· ** Gratuito. Lotação limitada. Entrada mediante inscrição
· *** 40,00 € (adulto) e 30,00 € (criança)


Informações Úteis

- As inscrições prévias e o levantamento de ingressos serão realizados no Posto de Turismo de Matosinhos até 5 de Setembro e posteriormente no recinto do evento, na tenda das informações.

- Passeios de Burro: 2,00 €
- Torneios a Cavalo: 5,00 €