sábado, 7 de janeiro de 2012

Marcos de Malta fundamentais na resolução de diferendo sobre os limites de Urrô com Rossas, no concelho de Arouca



Recentemente, acompanhamos os senhores presidentes da Junta e Assembleia de Freguesia de Rossas (nas fotos), antiga Comenda da Ordem de Malta, no concelho de Arouca, distrito de Aveiro, no sentido de ajudar a esclarecer uma questão sobre a delimitação desta freguesia com a vizinha freguesia de Urrô, levantada aquando da realização dos inquéritos para os últimos Censos.

A questão, à semelhança doutras anteriores sobre o mesmo assunto, desta feita, foi despoletada pelo próprio presidente da Junta de Freguesia de Urrô, ao impedir os recenseadores de realizarem inquéritos em determinadas casas localizadas dentro dos limites da antiga Comenda e actual freguesia de Rossas. Para além de desconhecer a existência dos marcos implantados no terreno desde 1630, com a cruz oitavada de Malta e data de 1629 em relevo, aquele autarca revelou ainda desconhecer os Autos lavrados aquando da Demarcação, bem como a sua simples localização actual nos Arquivos da Universidade de Coimbra. O que se lamenta profundamente, uma vez que as autoridades daquela freguesia foram então convocadas para a Demarcação e nela participaram como consta dos referidos Autos, demarcando também assim a sua própria circunscrição no que toca aos limites com Rossas.

Com a nossa colaboração e com recurso a um trabalho realizado por Dom Domingos de Pinho Brandão, em 1950, bem assim como outro que temos actualmente em curso, não só se identificaram e fotografaram os marcos antigos, como também se verificou estarem estes de acordo com a localização original, constante do Auto lavrado em 1630.
Constatou-se assim, pela conformidade com os marcos implantados no terreno, a letra dos Autos de 1630 e 1656, e pela não apresentação de qualquer documento em contrário, que, neste diferendo e na área a que se circunscreve, assiste razão, mais do que documentada e comprovada, à freguesia de Rossas.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A Presença dos Hospitalários em Portugal

Da autoria da Professora Doutora Paula Pinto Costa, Especialista em História Medieval, dedicando especial atenção ao estudo da Ordem de Malta ou dos Hospitalários, A presença dos Hospitalários em Portugal é uma obra que aborda de forma sintética da origem e evolução histórica da Ordem de S. João de Jerusalém, do Hospital, ou de Malta, como mais vulgarmente é conhecida. Partindo de uma apresentação da instituição na sua dimensão internacional, salienta-se o paralelismo entre a cruzada e a criação da própria Ordem e destacam-se as missões prioritárias que desenvolveu, sobretudo no domínio sócio–caritativo.

Por força do seu surgimento em Jerusalém, a Ordem do Hospital foi envolvida em cenários de guerra, que exigiram a adaptação das suas estruturas internas e a deslocação sucessiva dos seus órgãos centrais de governo.

No que toca à presença dos Hospitalários em Portugal, o livro reflecte sobre a sua instalação no Condado Portucalense e a organização que os freires implementaram no Priorado de Portugal, destacando o exemplo de Belver. A Ordem mostrou-se particularmente empenhada na intervenção em certos contextos políticos, em função dos compromissos pessoais que aproximavam alguns dos freires dos círculos do poder monárquico. Esta circunstância, aliada à formulação centralizada do Estado Moderno, deu lugar ao estabelecimento de um plano de controlo da Ordem e de submissão à coroa, que se manifestou na conversão dos Priores em administradores, escolhidos pela monarquia. A obra pode ser adquirida na Editora Ramiro Leão