De seu nome completo Manuel José Macário do Nascimento Clemente, Sua Excelência Reverendíssima Dom
Manuel Clemente, atual Bispo da Diocese do Porto, nascido a 16 de Julho de
1948, na freguesia de São Pedro e Santiago, em Torres Vedras, pertencente à Diocese de Lisboa, foi recentemente nomeado, por Sua Santidade o Papa Francisco, Patriarca de Lisboa, cargo de que tomará posse e fará entrada solene no dia 7 de julho. Proximamente, no primeiro Consistório, será criado Cardeal da Igreja, passando então a designar-se Sua Eminência Reverendíssima Cardeal-Patriarca de Lisboa.
Dom Manuel começou por
se formar em História na Faculdade de Letras de Lisboa, mas, correspondendo ao
apelo para servir a Igreja de Pedro, entrou no Seminário Maior dos Olivais em
1973. Formou-se em Teologia na Universidade Católica de Lisboa, em 1979, onde
foi professor de História da Igreja, presidiu ao Centro de Estudos de História
Religiosa e obteve, em 1992, o Doutoramento em Teologia Histórica. Entre 1989 e 1999 foi Vice-Reitor do Seminário Maior do Cristo-Rei dos Olivais.
Em 06 de novembro
de 1999 foi nomeado Bispo Auxiliar de Lisboa, por Sua Santidade o Papa João Paulo II, tendo já o título de bispo titular de
Pinhel (1999-2007). A sua ordenação episcopal, sob o lema In Lumine Tuo, teve lugar em 22 de janeiro de 2000, por Dom José da Cruz Policarpo, seu antigo professor e atual Cardeal-Patriarca de Lisboa. Em 22 de fevereiro de 2007, foi nomeado bispo da Diocese do Porto, onde
deu entrada solene em 25 de março desse mesmo ano.
É autor de uma vasta obra historiográfica, com destaque para títulos como: Portugal e os Portugueses e Um só propósito publicados em 2009. Igreja e Sociedade Portuguesa, do Liberalismo à República e Nas Origens do Apostolado Contemporâneo em Portugal — A Sociedade Católica (1843–1853).
É autor de uma vasta obra historiográfica, com destaque para títulos como: Portugal e os Portugueses e Um só propósito publicados em 2009. Igreja e Sociedade Portuguesa, do Liberalismo à República e Nas Origens do Apostolado Contemporâneo em Portugal — A Sociedade Católica (1843–1853).
Considerado uma das personalidades mais influentes de Portugal, segundo o semanário "Expresso", «D. Manuel Clemente tem perfil, talento e diplomacia de sobra para lidar com os desafios que lhe surgirem pela frente. Quase a completar 65 anos, está longe da idade da reforma. A sua voz dentro da Igreja e na sociedade é ouvida com atenção, o seu perfil de intelectual e a abertura para o diálogo valeram-lhe várias distinções muito para além dos muros da Igreja». Entre outras distinções, em 11 de Dezembro de 2009, foi galardoado com o Prémio Pessoa, sendo o primeiro dignitário da Igreja a receber esta distinção. Em 25 de abril de 2011 foi agraciado com a Medalha Municipal de Honra da cidade do Porto. Em 12 de dezembro de 2012 foi agraciado com a Grã-Cruz Pro Piis Meritis, uma das mais altas distinções honoríficas concedidas pela Ordem Soberana Militar de Malta.
S.E. o Sr. Conde de Albuquerque com S.E.R. Dom Manuel Clemente, por ocasião da imposição das insígnias da Grã-Cruz Pro Piis Meritis, em 12 de Dezembro de 2012. |
Mensagem de D. Manuel Clemente aos diocesanos de Lisboa
Caríssimos diocesanos do Patriarcado de Lisboa
Por nomeação do Santo Padre, o Papa Francisco, regressarei a Lisboa em julho próximo, para vos servir como Bispo Diocesano. É um regresso enriquecido por quanto aprendi na Igreja Portucalense, na grande generosidade e aplicação dos seus membros, a tantos títulos notáveis. Como sabeis, não é a primeira vez que um bispo portucalense continua o seu ministério entre vós: assim aconteceu designadamente com D. Tomás de Almeida, que daqui partiu para ser o primeiro Patriarca de Lisboa, em 1716.
De Lisboa trouxe eu para o Porto cinquenta e oito anos de vida convivida, como leigo e ministro ordenado, sob o pastoreio dos Cardeais Cerejeira, Ribeiro e Policarpo. De todos eles guardo larga e agradecida recordação, em especial do Senhor D. José Policarpo, de quem fui aluno e depois colaborador próximo no Seminário dos Olivais e no serviço episcopal, muito ganhando com a sua amizade, inteligência e conselho. A ele dirijo neste momento palavras sentidas de muita gratidão e estima, sabendo que posso contar com a sua sabedoria e experiência. Do Porto levo para Lisboa mais seis anos, plenos de vida pastoral intensa nesta grande Igreja e região, quer no dia a dia das suas comunidades cristãs, quer no dinamismo cívico e cultural dos seus habitantes e instituições.
Assim vos reencontrarei. As minhas palavras vão cheias do grande afeto que sempre mantive por todas e cada uma das terras e populações que, de Lisboa a Alcobaça e do Ribatejo ao Atlântico, integram o Patriarcado de Lisboa. Falo das comunidades cristãs e de quantos, ministros ordenados, consagrados e fiéis leigos, nelas dão o seu melhor nas diversas concretizações apostólicas. Falo das associações de fiéis e movimentos, dos institutos religiosos e seculares, das famílias, das instituições e iniciativas de todo o tipo em que a seiva evangélica dá bom fruto. E refiro-me também a todas as realidades sociais e cívicas onde se constrói aquele futuro melhor, justo e solidário de que ninguém de boa vontade pode e quer desistir. Da minha parte, contareis com tudo o que puder, n’ Aquele que nos dá força (cf. Fl 4, 13).
Saúdo com grande amizade os Senhores D. Joaquim Mendes e D. Nuno Brás, bem como todos os membros do cabido e do presbitério, do diaconado e dos serviços diocesanos, dos seminários, paróquias, institutos, associações e movimentos: Todos juntos, na complementaridade dos carismas e ministérios que o Espírito distribui, seremos o Corpo eclesial de Cristo, para que o seu programa vivamente continue, como o enunciou na sinagoga de Nazaré:«O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa Nova aos pobres…» (cf. Lc 4, 18 ss).
Vosso irmão e amigo, com Cristo e Maria,
+Manuel Clemente
Porto, 18 de maio de 2013
Caríssimos diocesanos do Patriarcado de Lisboa
Por nomeação do Santo Padre, o Papa Francisco, regressarei a Lisboa em julho próximo, para vos servir como Bispo Diocesano. É um regresso enriquecido por quanto aprendi na Igreja Portucalense, na grande generosidade e aplicação dos seus membros, a tantos títulos notáveis. Como sabeis, não é a primeira vez que um bispo portucalense continua o seu ministério entre vós: assim aconteceu designadamente com D. Tomás de Almeida, que daqui partiu para ser o primeiro Patriarca de Lisboa, em 1716.
De Lisboa trouxe eu para o Porto cinquenta e oito anos de vida convivida, como leigo e ministro ordenado, sob o pastoreio dos Cardeais Cerejeira, Ribeiro e Policarpo. De todos eles guardo larga e agradecida recordação, em especial do Senhor D. José Policarpo, de quem fui aluno e depois colaborador próximo no Seminário dos Olivais e no serviço episcopal, muito ganhando com a sua amizade, inteligência e conselho. A ele dirijo neste momento palavras sentidas de muita gratidão e estima, sabendo que posso contar com a sua sabedoria e experiência. Do Porto levo para Lisboa mais seis anos, plenos de vida pastoral intensa nesta grande Igreja e região, quer no dia a dia das suas comunidades cristãs, quer no dinamismo cívico e cultural dos seus habitantes e instituições.
Assim vos reencontrarei. As minhas palavras vão cheias do grande afeto que sempre mantive por todas e cada uma das terras e populações que, de Lisboa a Alcobaça e do Ribatejo ao Atlântico, integram o Patriarcado de Lisboa. Falo das comunidades cristãs e de quantos, ministros ordenados, consagrados e fiéis leigos, nelas dão o seu melhor nas diversas concretizações apostólicas. Falo das associações de fiéis e movimentos, dos institutos religiosos e seculares, das famílias, das instituições e iniciativas de todo o tipo em que a seiva evangélica dá bom fruto. E refiro-me também a todas as realidades sociais e cívicas onde se constrói aquele futuro melhor, justo e solidário de que ninguém de boa vontade pode e quer desistir. Da minha parte, contareis com tudo o que puder, n’ Aquele que nos dá força (cf. Fl 4, 13).
Saúdo com grande amizade os Senhores D. Joaquim Mendes e D. Nuno Brás, bem como todos os membros do cabido e do presbitério, do diaconado e dos serviços diocesanos, dos seminários, paróquias, institutos, associações e movimentos: Todos juntos, na complementaridade dos carismas e ministérios que o Espírito distribui, seremos o Corpo eclesial de Cristo, para que o seu programa vivamente continue, como o enunciou na sinagoga de Nazaré:«O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa Nova aos pobres…» (cf. Lc 4, 18 ss).
Vosso irmão e amigo, com Cristo e Maria,
+Manuel Clemente
Porto, 18 de maio de 2013
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