Pequenas placas ainda hoje existentes na Rua Sol ao Rato, freguesia de Campolide, Lisboa, identificativas de antigos imóveis outrora foreiros à antiga Comenda da Ordem de Malta de Santa Luzia e São Brás de Lisboa. Frei Lucas de Santa Catarina, cuja obra referenciamos abaixo, chegou a classificar a Comenda de Lisboa como Cabeça do Priorado, tendo em conta que se tratou de uma das mais importantes do ponto de vista económico e histórico-político. Porém, embora importante, nunca chegou a ser Priorado. Em 1220, a Ordem dos Hospitalários era aquela que maior número de propriedades detinha no termo de Lisboa. Então, a sede para a região de Lisboa e Sul de Portugal, situava-se já intramuros da cidade, numas casas e capela junto à Porta do Sol, justamente a Capela de Santa Luzia e São Brás, que alberga hoje a sede da Ilustre Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem.
Numa profícua troca de informações com Sua Excelência o Senhor Embaixador da Ordem Soberana de Malta em Portugal, revelou-se-nos oportuno, até pela época que se aproxima, trazer à lembrança o papel da Ordem dos Hospitalários, hoje dita de Malta, na introdução em Portugal de "relíquias" que muito contribuiram para mobilizar os cristãos para causas e empreendimentos maiores, de que é exemplo um fragmento do Santo Lenho que se guarda na Igreja de Santa Cruz de Marmelar, em Portel, cujo estudo acima convidámos a compulsar, clicando sobre a imagem.
Sobre as Comendas das Ordens Militares na Idade Média, nomeadamente da Ordem de Malta, chamamos à atenção para o contributo "As Comendas: enquadramentos e aspectos metodológicos", de Paula Pinto Costa, pág. 9 e seguintes.