domingo, 28 de outubro de 2012

Novo Secretário de Estado da Cultura é Cavaleiro da Ordem de Malta


Tomou posse no passado dia 26 de Outubro como Secretário de Estado da Cultura S.E. o Sr. Dr. Jorge Barreto Xavier, Cavaleiro da Ordem Soberana Militar de Malta, admitido na Assembleia Portuguesa nas cerimónias solenes comemorativas do Dia do Santo Patrono, São João Batista, em Junho passado no Mosteiro dos Jerónimos.
O Conselho Diretivo da Assembleia Portuguesa congratula-se com esta nomeação felicitando publicamente S.E. o Sr. Secretário de Estado da Cultura.
 
 
Aproveitamos também o ensejo para nos congratularmos com esta nomeação e desejar as maiores felicidades ao nosso Confrade, Sr. Dr. Jorge Barreto Xavier.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Falsas Ordens ou propósitos duvidosos

A questão das falsas ordens ou de pessoas e/ou entidades com propósitos duvidosos não é nova. E, pese embora, actualmente, não reclame grande preocupação, pelo menos, por parte dos mais altos representantes da Ordem de Malta em Portugal, é sempre conveniente prevenir para esta eventualidade, principalmente para propósitos duvidosos. Vivemos tempos difíceis e do mais diversificado tipo de carências, sempre mais propícios ao aparecimento de pessoas e/ou entidades que procuram tirar proveito destas situações de maior vulnerabilidade.
Razão pela qual entendemos conveniente actualizar e recordar o comunicado conjunto feito pela Assembleia dos Cavaleiros Portugueses e a Embaixada da Ordem em Portugal em 2009.
 
A Ordem Soberana Militar de Malta, chefiada por Sua Alteza Eminentíssima o Príncipe e Grão-Mestre Fra Mathew Festing, ente soberano, sujeito de Direito Internacional Público e de Relações Internacionais, à qual pertencem as Damas e os Cavaleiros Portugueses, com novecentos anos de existência e presente em Portugal desde a fundação do País, durante os quais deu um importante contributo para a História da Cristandade, para a História da Europa e do Mediterrâneo e para a defesa dos mais fracos e dos mais desfavorecidos, procurando sempre a dignificação do Homem numa perspectiva universal, que mantêm relações diplomáticas ao nível de Embaixador com mais de cem Estados Soberanos e com diversas Organizações Internacionais (designadamente com a União Europeia e com a Organização das Nações Unidas), com sede no Palácio Magistral sito à Via Condotti nº 68, em Roma, e cujas finalidades assistenciais e hospitalárias se desenvolvem nos cinco continentes e são concretizadas por cerca de 12.000 membros, e por mais 200.000 voluntários, encontra-se ser a ÚNICA entidade com essa denominação, legítima e juridicamente reconhecida em Portugal, tanto pela sociedade civil, como pelas Autoridades Oficiais da República Portuguesa.
Deste modo, a Embaixada da Ordem Soberana Militar de Malta em Portugal e a Assembleia dos Cavaleiros Portugueses, cujos membros pertencem legitimamente à Ordem Soberana Militar de Malta não reconhecem nem se confundem com outras entidades e/ou com os seus respectivos membros ou representantes que façam uso de simbologia e que ostentem designações semelhantes e/ou análogas às da Ordem; não sendo pois tais entidades, cuja natureza e fins se desconhecem por completo, susceptíveis de confusão com a Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana Militar de Malta, e com a Embaixada da Ordem em Portugal.
 
Desta forma, solicitamos e agradecemos a todas as pessoas que, em face do conhecimento de alguma pessoa e/ou entidade com comportamento mais estranho ou propósito mais duvidoso, procurando, nomeadamente, fazer-se passar por representante da Ordem de Malta por via da prestação de quaisquer serviço ou solicitação, entrem em contacto com a Assembleia dos Cavaleiros Portugueses ou a Embaixada da Ordem em Portugal, por via dos contactos que se encontram na barra lateral deste blogue.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Comunicado da Santa Sé sobre o reconhecimento das Ordens de Cavalaria

A Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana Militar de Malta, entende ser oportuno divulgar as partes mais relevantes do comunicado emitido pela Assessoria de Imprensa do Vaticano no passado dia 16 de Outubro acerca do reconhecimento das Ordens de Cavalaria, considerando oportuno reiterar aquilo que já foi publicado no passado:
 
 
"Além das suas próprias Ordens de Cavalaria (Ordem Suprema de Cristo, Ordem da Espora de Ouro, Ordem Piana, Ordem de São Gregório Magno e Ordem de São Silvestre Papa) a Santa Sé reconhece e tutela apenas a Ordem Soberana Militar de Malta também denominada Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta, e a Ordem de Cavalaria do Santo Sepulcro de Jerusalém. Não há qualquer agregação a esta listagem".
Todas as demais ordens, instituídas recentemente ou derivadas de ordens medievais, NÃO SÃO reconhecidas pela Santa Sé, não podendo esta, portanto, garantir a sua legitimidade histórica e jurídica, nem a sua finalidade, nem os seus sistemas de organização.(...)
Para evitar possíveis mal-entendidos relacionados inclusive com a emissão ilícita de documentos e com o uso indevido de lugares santos, bem como para impedir a continuação de abusos que possam resultar em dano contra muitas pessoas de Boa Fé, a Santa Sé confirma que não atribui nenhum valor a diplomas de Cavaleiros nem às relativas insígnias emitidas por associações não reconhecidas e confirma ainda que NÃO considera apropriado utilizar as Igrejas e Capelas para as chamadas "cerimónias de investidura".

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

"Castelos das Ordens Militares", na rádio TSF

A presença das Ordens Militares em território nacional legou-nos um abundante património chegado até aos dias de hoje. Indissociáveis da reconquista Cristã e da organização do território pós reconquista as fortificações revelam-nos a importância do seu papel político e administrativo de então, bem como as soluções construtivas e seu contributo na formação da paisagem. Compreender quais os trabalhos que se têm desenvolvido a nível internacional para o conhecimento, salvaguarda e valorização deste património são algumas das questões a abordar com o jornalista Manuel Vilas-Boas que conversa com as Dras. Isabel Cristina Fernandes e Ana Carvalho Dias e os Professores Miguel Gomes Martins, Luís Filipe Oliveira e Joan Fuguet Sans.

É este o tema do próximo programa da TSF "Encontros com o Património", a transmitir no próximo sábado, dia 20 de outubro, pelas 12h00.

Recordamos a propósito alguns dos Castelos que pertenceram à Ordem dos Hospitalários: Castelo de Sernancelhe, Castelo de Algoso, Castelo de Amieira do Tejo, Castelo de Belver e Castelo do Crato.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Visita à Hungria a convite do seu Governo



Entre os dias 4 a 7 de Outubro uma delegação da Assembleia Portuguesa chefiada pelo seu Presidente, Sua Excelência o Sr. Conde de Albuquerque, visitou a Hungria correspondendo a um convite feito pelo Governo Húngaro aquando da visita a Portugal no passado mês de Maio de Sua Excelência o Sr. Dr. Szolt Sémjen, Cavaleiro Húngaro da Ordem de Malta, e Vice-Primeiro-Ministro deste país.
A Delegação Portuguesa, composta ainda por S.E. o Sr. Embaixador da Ordem Soberana Militar de Malta em Portugal, Dr. Miguel de Polignac e pela Exa. Sra. Embaixatriz Dona Maria da Piedade de Castelo Branco de Polignac, pelos Excelentíssimos Sr. Secretário da Assembleia Dr. João Pedro de Portugal de Campos Henriques, e o Assessor do Tesoureiro da Assembleia Portuguesa, Sr. Dr. Miguel de Pape, foi recebida no Parlamento Húngaro em Budapeste, tendo-lhe sido oferecido um almoço nessa ocasião por S.E. o Sr. Vice-Primeiro-Ministro, após visita guiada ao monumento e contemplação da coroa do Primeiro Rei da Hungria, Santo Estêvão, símbolo Nacional Húngaro e garante da unidade intemporal da nação Húngara e do seu Espírito Cristão.
Também nessa ocasião S.E o Sr. Conde de Albuquerque foi condecorado por S.E o Presidente da República da Hungria Dr. Janos Ader, com a Ordem do Mérito Civil da Hungria, tendo as insígnias e o diploma respetivo sido entregues pela segunda figura do Governo Húngaro.
Seguidamente, S.E. o Sr. Conde de Albuquerque usou da palavra, tendo lembrado os pontos comuns entre a História de Portugal e a História da Hungria, e sublinhado a constante e permanente preocupação com a defesa dos verdadeiros valores cristãos pelas duas nações, e muito em particular do cumprimento da nossa missão enquanto cavaleiros de Malta Portugueses e Húngaros, nos combates que ao longo da História fomos travando lado a lado. (...)

Mais desenvolvimentos e fotos no blog da Assembleia dos Cavaleiros Portugueses e site da Embaixada da Ordem em Portugal

domingo, 7 de outubro de 2012

São João de Alporão e Pontével, Santarém

 
 
Este domingo, estivemos de visita à antiga Igreja de São João de Alporão, em plena zona histórica da rica cidade de Santarém, cuja fundação se deve à Ordem de Malta, então dita Ordem de São João do Hospital. Depois da tomada de Santarém em 1147, D. Afonso Henriques recompensou os Cruzados que o auxiliaram na reconquista da cidade doando-lhes terras. Os Cavaleiros da Ordem do Hospital, receberam, entre outras, a primitiva Igreja de São João do Alporão como sede de uma comenda. Reconstruiram então o templo que se concluiu ainda em finais  do século XII, uma vez que, pouco depois, em 1207, recebeu aí os restos mortais de D. Afonso de Portugal, filho bastardo de D. Afonso Henriques, primeiro Grão-Mestre português da Ordem.
O então dito Mosteiro da Ordem dos Hospitalários de São João de Alporão, provavelmente o melhor exemplar da arte românica no sul do país, manteve-se em posse da Ordem até à extinção das Ordens Religiosas em Portugal, em 1834, sendo que, depois, foi profanado e tomado para fins diversos. Actualmente, continua a servir fins diversos, o que é pena, albergando o núcleo de arqueologia do Museu Municipal de Santarém. Encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1910.
Observámos ainda aquela que terá sido a Casa dos Comendadores, actualmente delimitada da Igreja e transformada em casa particular, pese embora conserve alguns traços desse tempo e, nomeadamente, um brasão de escudo simples com a cruz oitavada de Malta, tal qual se apresenta nos nossos dias, conservado sob a porta daquela que será a principal divisão da casa.
Daqui seguimos para a antiga Comenda vizinha de Pontével, já no concelho do Cartaxo, que andou anexa e muitas vezes rivalizou supremacia hierárquica com esta sua congénere scalabitana, que deixamos para trás ao crepúsculo.
 
 
 
Suava já o Toque das Ave-Marias quando entrámos a visitar a simpática povoação de Pontével, antiga Comenda da Nossa Ordem de São João do Hospital.
Nos tempos da Reconquista era vital assegurar o povoamento de zonas limítrofes de posições importantes, como era o caso de Pontével relativamente a Santarém. Daí que o Rei fizesse doação das terras circundantes, nomeadamente à Ordem Militar de São João do Hospital, que então assim se estabelecia ao redor de Santarém. Como agradecimento pela ajuda na conquista de Lisboa D. Afonso II anexou Pontével, Ereira e Lapa à igreja de S. João de Alporão, em Santarém, constituindo assim a comenda de Ponteval, posteriormente Pontével, que pela sua importância e por ser muito rendosa depressa começou a reivindicar supremacia e se autonomizou. Teve Pontével três forais, o primeiro dado por D. Sancho I em 1194, o segundo pelo mesmo rei em 1195 e o terceiro em 1218 por D. Afonso II.
A Matriz, dedicada a Nossa Senhora da Purificação, remonta a esse tempo, apesar de quase integralmente reconstruída no século XVII. No seu interior podem-se apreciar alguns elementos importantes a remontar aos séculos XVI, XVII e XVIII, como a pia baptismal, diversas pinturas, painéis e, de realçar, os túmulos dos Comendadores do século XVII, dispostos na nave, entre os quais se destaca o de António Botto Pimentel, ao qual se deve a reconstrução da Igreja.
Deitamos ainda os olhos sobre aquele que foi o antigo Palácio dos Comendadores, edifício fronteiro à Igreja Matriz, de que apenas resta a sua grandeza e alguns lintéis de portas e janelas.
 
Anotamos ainda a orientação dos templos de Pontével e São João de Alporão, semelhante, entre outras, à do templo de São Brás, em Lisboa, também da Ordem (de resto, é actual sede da Assembleia dos Cavaleiros Portugueses). Todas orientadas para Poente, sendo que as duas últimas se situavam intramuros, junto às respectivas e então denominadas Portas do Sol de Santarém e Lisboa.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012


Neste dia 5 de Outubro do ano de 1143, realizou-se a conferência de paz entre D. Afonso Henriques e Afonso VII de Leão e Castela, que resultou na assinatura do Tratado de Zamora, pelo qual se reconheceu a soberania de Portugal, para a qual muito contribuiu, entre outras, a Ordem dos Hospitalários, hoje dita de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Fim-de-semana na antiga Comenda de Rossas

Igreja Matriz da antiga Comenda de Rossas, Arouca, Aveiro
 
Cruz oitavada de Malta nos padroeiros do Portal
 
Brasão picado ou inacabado de um dos Comendadores de Rossas


No último fim-de-semana, passado na antiga Comenda de Rossas, foi-nos oferecido, pelo presidente da Associação para a Defesa do Património Arouquense, e tivemos oportunidade de compulsar, o estudo sobre Echa Martim, O Último Vali de Lamego, elaborado pelo insígne historiador A. de Almeida Fernandes há mais de 70 anos, recentemente editado e publicado pela Santa Casa da Misericórdia de Tarouca.
Para além do curioso e interessantíssimo estudo sobre a possibilidade ou não de Echa Martim ter sido o último Vali de Lamego, e da não menos interessante tese sobre a fantasiosa estória de Frei Bernardo de Brito, sobre uma eventual batalha travada em Arouca entre os homens de Echa Martim e do Conde D. Henrique, este trabalho oferece-nos novos contributos para a História da Ordem de Malta, da Sua entrada em Portugal e, nomeadamente, sobre a sua fixação naquela então região de Lamego, no alvorecer da Reconquista de Portugal.