Passam hoje 390 anos sobre o falecimento de Frei D. Luís Mendes de Vasconcelos, 55.º Grão-Mestre da Soberana e Militar Hospitalária Ordem de São João de
Jerusalém, de Rodes e de Malta (1622-1623), segundo dos quatro Grão-Mestres Portugueses.
Natural de
Évora, onde terá nascido por volta de 1541, era filho de Francisco Mendes de
Vasconcelos e sua mulher D. Isabel Pais de Oliveira. Neto paterno de Cristóvão Nunes da Costa e Dona Catarina Mendes de Vasconcelos. Neto materno de Paio Rodrigues de Vilalobos e Dona Isabel de Oliveira, todos moradores na cidade de Évora.
Desde muito cedo que a Ordem o pretendeu entre os seus e para isso fez as devidas provanças, chegando a Malta em 1 de Abril de 1572. Antes de rumar a Malta serviu algum tempo junto à pessoa do Senhor D. João de Áustria, Generalíssimo do Mar e filho natural do Imperador Carlos V. Foi Capitão da Galé Esperança por dois anos. Desempenhou as funções de Auditor, Procurador de Encarcerados e Comissário de Pazes. Foi ainda Recebedor da Religião em Portugal, entre 1589 e 1598, Embaixador da Religião em Roma e Conservador Conventual, de que passou a General de Galés, em 1613. Foi ainda Bailio de Aquila, por um Breve particular de Sua Santidade o Papa Paulo V, e de Acre. Por seu primeiro cabimento teve a Comenda de Elvas e Montoito, que deixou melhorando-a com a Comenda de Vera Cruz. Além destas teve de graça as Comendas de Rossas, Frossos, Vila Cova e Algozo, que lhe concedeu o Grão-Mestre Fra' Alof de Wignacourt (1601-1622).
Eis que por fim atingiu o Grão-Mestrado da Ordem, em 17 de Setembro de 1622, correspondendo à última vontade do seu antecessor que pediu «Que em nenhuma outra peffoa votaffem para Grão Meftre seu suceffor, mais que em Fr. Luiz Mendes de Vafconcellos: porque, naquelle trance lhes affirmava que efta era a peffoa, q, pofta naquella Dignidade, feria a mais importante para o serviço de Deos, e bem da Religião». Dignidade de que gozou por apenas um ano e, por isso, enquanto tal, não é muito significativa a sua obra. No entanto, no seu breve governo, demonstrou a grandeza do seu ânimo, a generosidade do seu pensamento e o zelo pela justiça. Faleceu em 07 de Março de 1623 e foi sepultado na cripta da Igreja de S. João, em La Valleta, Malta. Aí se pode ler: D.O.M. Frater Ludovicus Mendes de Vasconcellos. Qui per singulos pacis, bellique gradus ad summum Magisteris culmen virtute duce, conscenderat; In Septimo vix Principatus Mense, Fato bonis infausto Praripitur. Cunstis optatus, nulla non lacrimatus, Hic conditur. Nono Martii M.D.C.XX.III.
Fonte: LIMA, Fr. António Pereira de, Vida, e Acção de Sua Alteza Sereníssima Fr. Luís Mendes de Vasconcellos, Grão Mestre da Sagrada Religião de Malta, Lisboa, 1731.
Desde muito cedo que a Ordem o pretendeu entre os seus e para isso fez as devidas provanças, chegando a Malta em 1 de Abril de 1572. Antes de rumar a Malta serviu algum tempo junto à pessoa do Senhor D. João de Áustria, Generalíssimo do Mar e filho natural do Imperador Carlos V. Foi Capitão da Galé Esperança por dois anos. Desempenhou as funções de Auditor, Procurador de Encarcerados e Comissário de Pazes. Foi ainda Recebedor da Religião em Portugal, entre 1589 e 1598, Embaixador da Religião em Roma e Conservador Conventual, de que passou a General de Galés, em 1613. Foi ainda Bailio de Aquila, por um Breve particular de Sua Santidade o Papa Paulo V, e de Acre. Por seu primeiro cabimento teve a Comenda de Elvas e Montoito, que deixou melhorando-a com a Comenda de Vera Cruz. Além destas teve de graça as Comendas de Rossas, Frossos, Vila Cova e Algozo, que lhe concedeu o Grão-Mestre Fra' Alof de Wignacourt (1601-1622).
Eis que por fim atingiu o Grão-Mestrado da Ordem, em 17 de Setembro de 1622, correspondendo à última vontade do seu antecessor que pediu «Que em nenhuma outra peffoa votaffem para Grão Meftre seu suceffor, mais que em Fr. Luiz Mendes de Vafconcellos: porque, naquelle trance lhes affirmava que efta era a peffoa, q, pofta naquella Dignidade, feria a mais importante para o serviço de Deos, e bem da Religião». Dignidade de que gozou por apenas um ano e, por isso, enquanto tal, não é muito significativa a sua obra. No entanto, no seu breve governo, demonstrou a grandeza do seu ânimo, a generosidade do seu pensamento e o zelo pela justiça. Faleceu em 07 de Março de 1623 e foi sepultado na cripta da Igreja de S. João, em La Valleta, Malta. Aí se pode ler: D.O.M. Frater Ludovicus Mendes de Vasconcellos. Qui per singulos pacis, bellique gradus ad summum Magisteris culmen virtute duce, conscenderat; In Septimo vix Principatus Mense, Fato bonis infausto Praripitur. Cunstis optatus, nulla non lacrimatus, Hic conditur. Nono Martii M.D.C.XX.III.
Fonte: LIMA, Fr. António Pereira de, Vida, e Acção de Sua Alteza Sereníssima Fr. Luís Mendes de Vasconcellos, Grão Mestre da Sagrada Religião de Malta, Lisboa, 1731.
Sem comentários:
Enviar um comentário