Há precisamente 442 anos travou-se o conflito naval entre a esquadra da Liga Santa e a esquadra do Império Otomano, de que saiu vitoriosa a Liga Santa, formada pela Ordem de Malta, os Estados Pontifícios, a República de Veneza e o Reino de Espanha, aos comandos de João da Áustria.
Este conflito, travado ao largo de Lepanto, na Grécia, representou o fim da expansão islâmica no Mediterrâneo e marcou o início do culto a Nossa Senhora do Rosário. Ainda hoje, em quase todas as igrejas de Portugal, cujo padroado pertenceu à Ordem de Malta, existe a imagem de Nossa Senhora do Rosário.
O alarme para o conflito soou em 1570, quando os turcos otomanos invadiram a Ilha de Chipre, detida pela República de Veneza, cujos soldados se encontravam consideravelmente enfraquecidos por anos de luta contra os turcos. Assim, e para evitar que a entrada na posse de Chipre permitisse aos turcos o domínio do Mediterrâneo, os venezianos pediram ajuda a Pio V, que de imediato ordenou uma esquadra de duzentas e oito galés e seis galeanças, formando a então denominada Liga Santa. Esta frota enfrentou e derrotou duzentas e trinta galés turcas, em pouco mais de três horas.
Reza a lenda que no maior fragor da batalha, os soldados avistaram acima dos mais altos mastros da esquadra católica a imagem de uma Senhora que os aterrava com o seu aspecto majestoso e ameaçador.
Recorde-se que enquanto decorria a batalha, realizava-se uma procissão do rosário na Praça de São Pedro, em Roma, para sucesso da missão da Liga Santa contra os Turcos.
Em 1573, Gregório XIII instituiu a comemoração da Festa do Santo Rosário e Clemente XII estendeu a festa à Igreja Universal. Com o Concílio Vaticano Segundo a festa foi renomeada para Nossa Senhora do Rosário, assumindo a classificação litúrgica de memória universal. É comemorada no dia 7 de outubro, aniversário da batalha.
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