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Recebeu o foro de Moço Fidalgo da Casa Real (alvará de 20 de Março de 1621)
juntamente com seus irmãos Francisco, Lopo, António, Manuel, Fernão e Bernardo.
Em 10 de Setembro de 1625 ingressou na Ordem de Malta, onde teve as Comendas de Poiares, Moura Morta, Veade, Sernancelhe, Torres Vedras e Torres Novas.
Em 10 de Setembro de 1625 ingressou na Ordem de Malta, onde teve as Comendas de Poiares, Moura Morta, Veade, Sernancelhe, Torres Vedras e Torres Novas.
Muito novo ainda foi para a Ilha de Malta, onde participou em diversas
armadas contra os turcos e os berberes no Mediterrâneo. Na tomada aos Turcos da
cidade de Santa Maura, foi ferido na mão direita, com um tiro de mosquete e
depois disso, na escalada da muralha do castelo de Miripotamo foi novamente
ferido, desta feita com uma setada na perna.
Quando se iniciou a Guerra da Restauração foi chamado para prestar serviço como
Capitão-mor de Barcelos (carta de 29 de Maio de 1641), governando as Armas da
Província, em conjunto com Manuel Teles de Meneses e o Coronel Viole de Athis.
Em 1641 governava a praça de Lamas de Mouro na fronteira de Castro Laboreiro e
em 1645 tomou Salvaterra da Galiza, que se manteve na mão dos portugueses até ao
final da guerra. Entre os diversos folhetos patrióticos que corriam impressos,
enaltecendo as vitórias alcançadas e relatando as incursões sobre território
inimigo, foram publicadas, a propósito da tomada de Salvaterra, a "Relaçam
da entrada que fizeram em Galliza os Governadores das armas da Provincia de
entre Douro, & Minho o Mestre de Campo Violi de Athis, que por carta de sua
Magestade exercita o cargo de Mestre de Campo General, & Manoel Telles de
Menezes Governador do Castello de Vianna, & Frey Diogo de Mello Pereira
Comendador de Moura Morta, & Veade da Religiaõ de sam Ioam de Malta, Capitam
mor de Barcellos", e a "Relaçam do felice sucesso, que tiveram Fr.
Dioguo de Mello Pereira de Britiandos, Commendador de Moura Morta & Fr. Lopo
Pereira de Lima, seu irmão Commendador de Barró da Ordem de Malta, a quem o
General Dom Gastão Coutinho encarregou do governo das armas, na entrada, que se
fez em Galiza...", uma e outra impressas em Lisboa, em 1641 e 1642.
A 7 de Julho de 1645, Diogo de Melo Pereira pede a el-Rei que o liberte da
responsabilidade no Governo das Armas do Minho, fazendo-o substituir, para que
possa regressar a Malta. A resposta não tarda. É-lhe dada a permissão e
confirmado o soldo no posto de Mestre de Campo.
De novo em Malta, voltou às armadas. Nesse mesmo ano comandou a galera Santa
Maria della Vittoria e no ano seguinte a San Giovanni. Foi Bailio de Negroponte,
Conservador Conventual, Seniscal e Governador da Justiça, servindo ainda como
Mordomo-Mor e Lugar-Tenente do Grão-Mestre Frei Jean de Lascaris de
Castelar.
Quando voltou definitivamente a Portugal, foi nomeado Mestre de Campo General
(carta de 9 de Janeiro de 1659) e integrou o Conselho de Sua Magestade. Recebeu
o Bailiado de Leça (carta de 24 de Abril de 1664) e morreu dois anos mais tarde,
em Guimarães, a 26 de Agosto de 1666, tendo instituído um vínculo que anexou ao
1º Morgadio de Bertiandos. Está sepultado no costão do lado da Epístola, na
capela-mor da igreja do Mosteiro de Leça, onde era Balio, num túmulo ao lado do
de seu irmão Lopo, com o letreiro: "Irmãos unidos em vida e morte" e a
inscrição: "Aqui jaz Fr. Diogo de Melo Pereira Balio de Leça do Concelho de
Sua Magestade Comendador das Comendas de Poiares Moura Morta Veade Torres Vedras
e Torres Novas Lugar Tenente que foi da sua Religião em Malta Faleceo aos 26 de
Agosto de 1666".
in "Figuras Limianas", Câmara Municipal de Ponte de Lima
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